A filha do presidente da Guiné Equatorial, o ditador Teodoro Obiang, já teve benefícios fiscais do Estado português no valor de 1,5 milhões de euros, através de duas empresas que criou na Zona Franca da Madeira. De acordo com uma investigação do jornal Público, a filha do ditador, Francisca Nguema Jiménez, abriu a primeira sociedade em 2013, a Coralco, e uma segunda que será o “espelho” da primeira, a Masela, em 2018.

O Público noticia que a filha de Obiang já usufruiu de 1,5 milhões de euros benefícios fiscais, tendo beneficiado de um IRC de 5%. As empresas têm como sede um 1º andar de uma rua no centro do Funchal e têm como gerente Francisco José Gouveia, que é administrador de 15 empresas com sede naquele mesmo prédio.

Apesar de ter um regime fiscal mais favorável, a chamada “offshore” da Madeira é mais transparente do que outras famosas offshores como o Panamá, já que na zona franca em solo nacional é possível saber quem são as empresas e os respetivos proprietários. A Comissão Europeia, como também informa o diário, está a investigar as isenções atribuídas na Madeira no período (regime III) que acabou em dezembro de 2014. Bruxelas está também especialmente atenta às ações das Pessoas Politicamente Expostas (PPE), onde se incluem os políticos que lideram regimes ditatoriais e a respetiva família.

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