Depois do grupo José de Mello Saúde, responsável pelos hospitais CUF, também o grupo Luz Saúde vai deixar de prestar serviços ao abrigo das convenções celebradas com a ADSE.

Num comunicado enviado aos colaboradores, a que o Observador teve acesso, lê-se que a partir do dia 15 de abril, os beneficiários vão deixar de contar com este acordo quando se dirigirem aos Hospitais e Clínicas da Rede Hospital da Luz.

A partir dessa data, as novas marcações feitas “deixam de estar abrangidas pelo regime convencionado, podendo ser realizadas em regime de reembolso”. O grupo garante, porém, todas as marcações feitas antes de 15 de abril, mesmo que se realizem depois dessa data bem como o acompanhamento às grávidas até à alta após o parto, tratamentos relacionados com doença oncológica e cuidados de saúde de internamento, “desde que iniciados antes do dia 15 de abril”.

O grupo garante que tentou “até ao limite” chegar a acordo com a ADSE — o que não foi, anuncia, possível. O comunicado aponta o facto de os preços praticados pela ADSE não serem alterados “há mais de 20 anos”; a “inexistência de atos médicos que fazem parte da rotina médica atual”; e a “aplicação retroativa de regras de regularização de faturação” — considerada “manifestamente ilegais” — como razões para a ausência de um acordo. Estas razões são muito semelhantes às apresentadas pelo grupo José de Mello Saúde.

Esta decisão que o grupo diz ter sido “forçado a tomar”, lê-se no mesmo comunicado,  “afetará a vida de mais de 250 mil clientes” que beneficiam da ADSE e utilizam os serviços dos hospitais do Luz Saúde.

Os três motivos que levaram dois hospitais (até agora) a suspenderem o acordo com a ADSE

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