Histórico de atualizações
  • Bom dia. Este liveblog fica por aqui, mas vamos continuar a acompanhar todos os desenvolvimentos sobre a evolução do coronavirus.

  • Espanha confirma segundo caso de coronavírus. Sábado foi o dia com maior número de mortos

  • Número de mortos sobe para 805

    O número de mortos devido ao coronavírus subiu para 805 — dois fora da China —, ultrapassando o número de vítimas mortais provocadas pelo surto de SARS, em 2003. Isto significa que, num só dia morreram 81 pessoas — um número que é, ainda assim, inferior ao número de mortos provocados ao longo do dia anterior (86).

    O número de infetados também subiu para 37045. Em contrapartida, já 2152 pessoas recuperaram da infeção.

  • Histórias de quem fingiu ter coronavírus

    Se fingir ter coronavírus para retirar daí vantagens — como ser atendido mais rapidamente ou ganhar influência nas redes sociais — já levou à detenção de pessoas, a verdade é que também salvou uma.

    Como fingir ter coronavírus impediu uma mulher de ser violada. Mas também já levou a detenções

  • OMS confirma envio de missão internacional para a China

    O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou hoje o envio nos próximos dias de uma missão internacional liderada por aquela organização para a China, país onde surgiu o novo coronavírus. O etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus avançou ter recebido este sábado uma resposta positiva por parte de Pequim sobre o destacamento da missão.

    O diretor-geral da OMS indicou que o líder da equipa vai partir para o território chinês entre segunda e terça-feira e que os restantes especialistas seguirão nos próximos dias. Questionado se membros do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos irão integrar a missão, o responsável da OMS respondeu apenas: “Esperamos que sim”.

    Tedros Adhanom Ghebreyesus escusou-se avançar o nome do líder da missão ou dos restantes elementos e não forneceu mais detalhes sobre o trabalho que será desenvolvido pelos especialistas em território chinês. “A OMS irá divulgar tudo assim que estivermos prontos”, concluiu.

    (Lusa)

  • Brasileira detida no Rio de Janeiro por falso alerta de coronavírus

    Uma brasileira foi detida no Rio de Janeiro após ter simulado uma infeção pelo novo coronavírus para conseguir acesso prioritário a cuidados médicos numa clínica, indicou este sábado a polícia local.

    A comissária encarregada do caso explicou que a mulher de 39 anos se deslocou na sexta-feira à noite à clínica em Copacabana, bairro turístico do sul do Rio, afirmando ter sintomas do coronavírus detetado em dezembro em Wuhan, na China. Para tentar convencer os seus interlocutores, a residente no Rio disse que tinha regressado de Hong Kong, onde tinha trabalhado como ama.

    A equipa médica entrou imediatamente em alerta, mobilizando numerosos profissionais de saúde durante várias horas. A doente foi levada para uma sala isolada e submetida a vários exames, tendo o Ministério da Saúde sido alertado como prevê o protocolo estabelecido pelas autoridades de saúde.

    A mulher foi detida pela polícia após elementos da sua família terem revelado que ela nunca saiu do Brasil e que nem sequer tem passaporte.

    O novo coronavírus já infetou mais de 34.500 pessoas e matou 722 na China continental. Não foram até agora confirmados casos na América Latina. Cerca de três dezenas de brasileiros que se encontravam em Wuhan deixaram a China na sexta-feira e devem aterrar no domingo em Anápolis, a 80 quilómetros de Brasília, onde ficaram em quarentena durante 18 dias numa base militar.

    Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há casos de infeção confirmados em mais de 20 países.

    A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

    (Lusa)

  • Autoridades timorenses e OMS negam caso suspeito no país

    As autoridades de saúde timorenses e a Organização Mundial de Saúde (OMS) negam a existência de um caso suspeito de contágio do novo coronavírus em Timor-Leste. “O caso foi examinado no Hospital de Baucau. A sua temperatura, pulmões, raio-x e contagem sanguínea estavam todas normais. Conclui-se que não é suspeito de infeção com o coronavírus”, disse à Lusa Rajesh Pandav, responsável da OMS em Timor-Leste.

    Em causa estavam suspeitas levantadas nos últimos dias nas redes sociais em Timor-Leste sobre um suposto caso suspeito de infeção com o coronavirus nos arredores da segunda cidade do país, Baucau. Pandav referiu à Lusa que se tratava de um trabalhador que chegou a Timor-Leste a 19 de janeiro procedente de Xangai via Bali, na Indonésia e que estava na localidade de Vemasse.

    “Começou a monitorizar a sua temperatura – como exigido pela empresa -, que tem estado normal até agora. Tinha tosse há algum tempo, da qual já recuperou e não havia qualquer outro sintoma. A temperatura de outras pessoas também era normal”, referiu.

    O resultado das análises foi comunicado às autoridades locais. “Agradecemos a vigilância e informação. Continuaremos a trabalhar juntos para conter esta epidemia e para proteger a saúde de todos”, referiu Pandav.

    (Agência Lusa)

  • Homem de 91 anos recupera do coronavírus

    Um homem de 91 anos recuperou do coronavírus e já teve alta hospitalar, em Hubei, segundo a imprensa estatal chinesa. No Twitter, foi publicada uma fotografia de dois médicos a transportar o homem, numa cadeira de rodas.

    Na quarta-feira já tinha vindo a público que uma mulher de 73 anos com um problema cardíaco — que se presume ter sido a primeira tailandesa a contrair o coronavírus — também recuperou. Tinha visitado Wuhan.

  • Académicos chineses exigem ao governo da China que peça desculpa pela morte do médico que alertou para o surto

    Um grupo de académicos chineses publicou uma carta aberta exigindo ao governo chinês que proteja a liberdade de expressão e peça desculpa pela morte de Li Wenliang, o médico que deu o alerto sobre o surto, mas que foi repreendido pelas autoridades chinesas. Wenliang morreu na semana passada, depois de ter sido infetado com o vírus.

    Tang Yiming, professor numa universidade de Wuhan e um dos signatários da carta aberta, diz, citado pelo South China Morning Post, que “se as palavras do Dr. Li não tivessem sido tratadas como rumores, se cada cidadão pudesse pôr em prática o seu direito a expressar a verdade, não estaríamos neste caos, não teríamos uma catástrofe nacional com um impacto internacional”.

  • Coronavirus deverá provocar mais mortes do que a SARS

    Já vai em 724 o número de infetados com o coronavirus que morreram. Este registo sugere que o novo surto de pneumonia vai provocar mais vítimas mortais do que a síndrome respiratória aguda grave, conhecido como SARS, que atingiu também a China em 2002/3. Esta doença terá sido responsável por 813 óbitos.

    A maioria das mortes registou-se na cidade de Wuhan onde foi detetado o coronavirus. Apenas duas pessoas morreram fora da China continental.

  • Cinco britânicos, incluindo uma criança, infetados em França

    Cinco britânicos, incluindo uma criança, foram diagnosticados com o novo coronavírus em França. Segundo a ministra da saúde francesa, foram infetados enquanto estavam na mesma estância de ski que um outro britânico contaminado, que esteve em Singapura.

    Segundo Agnès Buzyn, os casos não são graves, sendo que o “caso original” trata-se de um britânico que “regressou de Singapura onde esteve entre 20 e 23 de janeiro, e regressou a França a 24 de janeiro por quatro dias”.

  • Primeiro estrangeiro a morrer na China é americano

    Um norte-americano morreu devido ao novo coronavírus em Wuhan, cidade chinesa onde começou o surto, anunciou este sábado a embaixada dos Estados Unidos, sobre a primeira morte confirmada de um estrangeiro na China. “Podemos confirmar que um cidadão norte-americano, de 60 anos, declarado portador do coronavírus morreu num hospital de Wuhan, no dia 06 de fevereiro”, disse um porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Pequim.

    Lusa

  • Número de mortos sobe para 722. Casos de infeção voltam a aumentar

    O número de mortos provocado pelo surto do novo coronavírus na China aumentou para 722, anunciou a Comissão Nacional de Saúde chinesa, que registou um aumento de novos casos superior ao que se vinha verificando nos últimos dias.

    Este sábado contam-se mais 3.399 casos, enquanto na sexta-feira tinha havido 3.143 novas infeções, ao cabo de vários dias em que o número de novos casos tinha vindo a descer. As autoridades de saúde estão a tratar 6.101 pacientes em estado grave e já deram alta a 2.050 pessoas que contraíram a pneumonia provocada pelo novo coronavírus, detetado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, na província central de Hubei.

    Desde o começo do surto, já foram acompanhadas 345.498 pessoas por suspeita de infeção, 189.660 das quais continuam sob observação.

  • Ministros da Saúde UE em reunião extraordinária na quinta-feira

    Os ministros da Saúde da União Europeia (UE) vão reunir-se num conselho extraordinário, na próxima quinta-feira, para discutir a evolução do coronavírus chinês, que já infetou 26 pessoas no espaço comunitário, foi hoje anunciado.

    Fonte europeia disse à agência Lusa que em causa está um encontro extraordinário ao nível do Conselho de Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores (EPSCO), que se realiza na quinta-feira de manhã, na capital belga, Bruxelas.

    Entretanto, o Conselho da UE informou sobre esta reunião em comunicado, precisando que “os ministros da Saúde trocarão pontos de vista e adotarão conclusões sobre o surto do novo coronavírus”. Portugal deverá ser representado na ocasião pela ministra da Saúde, Marta Temido.

    Agência Lusa

  • Embaixador da China em Lisboa elogia colaboração com Portugal

    A embaixada chinesa em Lisboa diz que “comunicou atempadamente” às autoridades portuguesas a evolução da epidemia do novo coronavírus e que continuará a “assumir as obrigações internacionais” para assegurar a segurança das pessoas.

    Numa declaração enviada à agência Lusa, o embaixador chinês em Portugal, Cai Run, reconhece que, “durante o combate à epidemia, a China e Portugal têm mantido coordenação e colaboração estreitas, o que é uma forte prova da amizade genuína entre os dois povos”.

    Cai Run lembra que o governo chinês tem procurado ajudar as autoridades “no repatriamento de portugueses de Wuhan, que regressaram a Portugal sãos e salvos”, referindo-se às operações que nos últimos dias permitiram o resgate por via aérea.

    Para reiterar esse espírito de cooperação entre os dois países, no combate à epidemia, o embaixador da China lembra ainda que “divulgou vários avisos aos cidadãos chineses que estão em Portugal ou pretendem vir a Portugal, para que coordenem ativamente com a parte portuguesa na implementação das medidas de prevenção e controlo”.

    “A fraternidade sempre fica mais patente nos tempos difíceis”, escreve o embaixador, referindo-se à carta de solidariedade que o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou ao seu homólogo chinês, Xi Jinping.

    Cai Run recordou ainda o apoio de “quase cem personalidades políticas de dezenas de países”, fazendo menção particular ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a quem agrade a confiança “na vitória da China neste combate à epidemia”.

    Na missiva endereçada à Lusa, o embaixador insiste na ideia de que o governo chinês “tem intensificado a cooperação com a comunidade internacional, sempre com uma atitude aberta, transparente e responsável”.

    Segundo o embaixador, essa cooperação fez-se, desde logo, com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dizendo que lhe foram transmitidas “atempadamente” todas as informações sobre o vírus, tendo dado respostas “sem demora às preocupações das partes relevantes”.

    Agência Lusa

  • Graça Freitas garante que surto está a ser acompanhado e não serão usados "meios desproporcionados"

    A diretor-geral da Saúde afirmou numa conferência de imprensa, esta sexta-feira, que o surto está a ser acompanhado e que serão tomadas novas medidas de acordo com a evolução deste, afirmando que não serão usados “meios desproporcionados”. Graça Freitas explicou ainda que estão a ser testados vários medicamentos, como os usados em pacientes com HIV, de forma a concluir se estes poderão ter algum efeito nos pacientes infetados com coronavírus.

    Nesta altura estão a ser testadas várias hipóteses terapêuticas com o que existe”, disse Graça Freitas, acrescentando que “são apenas hipóteses de tratamento, não há prova nenhuma de que alterem o percurso da doença”.

    Questionada acerca das duas novas ambulâncias que foram disponibilizadas para o transporte de casos suspeitos, a diretora-geral da Saúde explicou: “Se houver mais casos temos de estar preparados e temos de ter mais hospitais de retaguarda, hospitais preparados com ambulatórios para testar estes doentes e transporte para os hospitais”. Em relação às localizações escolhidas, Coimbra e Faro, objetivo é que haja “uma maior cobertura geográfica”.

    Se houver uma escalada de doença e aparecerem mais casos em Portugal ou noutros países da Europa, teremos de ter preparada a segunda linha de dispositivos: mais hospitais preparados, laboratórios, ambulâncias, médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar treinado, capacitado e informado”, afirmou Graça Freitas.

    “Isto são planos de contingência. Só são ativados à medida que são necessários. De momento estamos confortáveis com o que temos, prontos para ampliar um bocadinho a resposta e, depois, para ampliar mais se for caso disso”, afirmou a diretora-geral da DGS, garantindo que a evolução do coronavírus está a ser acompanhada e que não serão usados “meios desproporcionados”, de forma a não gastar recursos que não terão benefício.

  • Casos suspeitos em Portugal continuam "estáveis e assintomáticos", diz DGS

    A diretora-geral da DGS, Graça Freitas, afirmou esta sexta-feira que os casos suspeitos em Portugal “continuam todos estáveis e assintomáticos e a evoluir bem”.

    “Até ao momento não há nenhum caso suspeito. Os do navio foram testados e estão assintomáticos e com testes negativos”, explicou a diretora-geral da Saúde, garantindo ainda que o mesmo se verifica em relação aos 20 repatriados e aos quatro suspeitos, que deram negativo “e seguiram a sua vida”. Graça Freitas informou ainda que os “seis contactos do cluster alemão estão em vigilância, mas também estão assintomáticos e bem”, acrescentando que os portugueses em isolamento no Hospital Pulido Valente “fazem atividade física, têm acesso a meios audiovisuais, wi-fi e alimentos”.

    Questionada sobre o médico oftalmologista chinês que morreu esta quinta-feira, Graça Freitas afirmou ainda não ter informações acerca do caso. “Este foi o primeiro médico a reparar que alguma coisa estava a passar-se de forma diferente. Não sabemos em que etapa é que ele se infetou. Não sabemos nem a data de infeção, há quanto tempo estava doente, nem a evolução”, disse.

    A diretora-geral da DGS sublinhou ainda a transparência da China em relação ao coronavírus. “Não há nenhum motivo para não confiar nas autoridades chinesas. A primeira coisa que quero dizer é que as autoridades chinesas tomaram voluntariamente a decisão de pôr 50 milhões de pessoas sob quarentena. Mais transparente que isto é impossível. Têm permitido que haja filme, entrevistas, têm divulgado imagens. Fornecem relatórios para as autoridades de todo o mundo poderem observar. Mais transparência parece-me impossível”, disse Graça Freitas, assumindo que casos quase assintomáticos poderão não estar a ser contabilizados.

    “Creio que temos de estar gratos pelas medidas de contenção que a China tem tomado, porque não é fácil”, acrescentou.

  • Censura falha e internet chinesa enche-se de raiva

    Os internautas têm-se manifestado de tal forma nas redes sociais que nem a Great Firewall, máquina de censura chinesa na internet, conseguiu apagar as publicações antes de estas se tornarem virais.

    China. Máquina de censura falha e internet enche-se de raiva com a morte de médico que alertou para o surto do coronavírus

  • Agências de viagens reembolsam viagens compradas para fevereiro

    As agências de viagens em Portugal vão reembolsar os clientes que, antes do surto do coronavírus, compraram viagens para fevereiro com destino a Macau, Hong Kong e China continental e as pretendam cancelar, garantiu hoje a associação setorial.

    “Desde que houve a transposição da diretiva europeia de viagens organizadas, o que já aconteceu há alguns anos, nos casos equivalentes ao do coronavírus — isto é, se eu já tivesse feito uma reserva para a China em circunstâncias de normalidade e entretanto tivesse aparecido este surto — o consumidor tem o direito de cancelar, sendo reembolsado de todos os custos envolvidos na reserva”, disse o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) à Lusa.

    Segundo Pedro Costa Ferreira, neste momento é possível o reembolso das viagens marcadas para o mês de fevereiro, aguardando-se, entretanto, a evolução do surto para decidir relativamente a viagens mais tardias: “Aí temos que aguardar e perceber se as circunstâncias anormais que agora se verificam se vão manter ou não no futuro”, esclareceu.

    Salientando que esta garantia de reembolso em caso de circunstâncias anormais “é uma segurança que as agências de viagens têm”, possuindo para o efeito “seguros que as protegem destas externalidades”, o responsável nota que “o mesmo consumidor, comprando diretamente na China ou numa companhia aérea, não está ao abrigo desta lei”.

    As agências de viagens desenvolveram capacidades de exercer esta responsabilidade, certas de que com isso estão a ganhar em termos de fatores de competitividade. Não apenas conseguirmos efetuar os reembolsos, como somos uma zona de venda de viagens na cadeia de valor que é mais segura do que as outras”, sustentou.

    Relativamente ao impacto do novo coronavírus na atividade do setor, o presidente da APAVT reiterou à Lusa que, em termos do mercado emissor português, os cancelamentos de viagens “neste momento ainda não são significativos”, quer “porque não é uma época de viagens dos portugueses”, quer também porque “a China não é um destino massificado”.

    Da mesma maneira, Pedro Costa Ferreira diz haver “muitos cancelamentos [de viagens para Portugal] de grupos de turistas chineses, até pelas restrições impostas pela China”, mas considerou que “este também não é um problema para o país do ponto de vista dos seus números globais anuais”.

    “Desse ponto de vista, os cancelamentos não têm neste momento relevância material. Agora, para as agências que os reservaram, com certeza que são circunstâncias adversas”, admitiu.

    Agência Lusa

  • Ex-ministro Adalberto Campos Fernandes aconselha “bom senso e nervos de aço”

    O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes disse hoje que está a acompanhar com “grande preocupação” a situação ligada ao novo coronavírus, considerando que “não é momento de procurar palco”, mas sim de “bom senso e nervos de aço”.

    Tenho uma enorme confiança no trabalho que está a ser desenvolvido pela autoridade nacional de Saúde e pelas autoridades políticas. E estou com muita preocupação a acompanhar o que se passa a nível internacional. Não vale a pena iludir a questão, estamos perante um problema novo que não é integralmente conhecido nas suas múltiplas vertentes”, disse Adalberto Campos Fernandes.

    Sublinhando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) “convocou um encontro de alto nível para a próxima semana”, o ex-governante considerou que “é necessário perceber o que é que significa esta situação em termos de risco pandémico”, mas reiterou palavras de confiança.

    “A população pode ter a confiança de que as autoridades nacionais, europeias, a OMS, tudo estão a fazer e a articulação com a China está a ser exemplar”, referiu Adalberto Campos Fernandes em declarações a jornalistas no Porto à margem da apresentação de um estudo do Centro de Responsabilidade Integrado de Obesidade do Hospital de São João.

    O ex-ministro apelou para o “bom senso” e para “nervos de aço”, apontando ser sua “obrigação discutir internamente, dar opinião e aconselhar internamente”.

    Acho errado que ex-titulares de cargos políticos ou de cargos técnicos venham para a praça pública fazer comentário ou sugerir críticas às autoridades que estão no terreno. Eu não farei isso em nenhuma circunstância e critico quem o faz. A minha obrigação é discutir internamente, dar opinião e aconselhar internamente”, disse, frisando que falava “enquanto cidadão que teve responsabilidades políticas até há pouco tempo”.

    Adalberto Campos Fernandes defendeu que “não vale a pena estar a criar um clima de alarme”, embora, acrescentou, “não se esconda a realidade que esta é uma situação nova”, mas sublinhou que “o trabalho que está a ser feito pela Direção-Geral da Saúde e pelo Governo é o trabalho que está recomendado e em linha com as orientações da OMS”.

    A China está a fazer um trabalho muito relevante, acompanhado da comunidade científica. É um país muito grande com problemas de continuidade demográfica enormes. Nestes momentos recomenda-se nervos de aço, bom senso, serenidade e evitar estes momentos para termos palco fácil”, disse.

    Questionado sobre se as suas palavras se dirigiam a alguém em particular, Adalberto Campos Fernandes apontou, apenas, que “para bom entendedor meia palavra basta”.

    Agência Lusa

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