O números de mortos provocados por coranavírus ultrapassou, entretanto, os 1.000. Segundo a página oficial das autoridades de saúde da província de Hubei, esta segunda-feira foram registadas 103 novas mortes e 2.097 novos casos de infeção. Ao início da manhã, o balanço dava conta de 910 vítimas mortais. Estes novos dados fazem subir o total para 1.013 — 1.011 na China continental, um nas Filipinas e outro em Hong Kong.

Depois de ter ultrapassado o número de mortos do SARS (Síndrome Respiratório Agudo), o novo coronavírus ultrapassou também o MERS (Síndrome Respiratório do Médio Oriente), que entre 2012 e 2013 terá feito 858 vítimas mortais, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Nesta altura, apenas em Hubei, 1.298 pessoas estão em estado considerado crítico. O número de casos confirmados em todo o mundo ultrapassa os 42.500.

É o coronavírus pior do que a gripe A ou a SARS? Estes gráficos ajudam a responder

Os resultados dos exames feitos ao homem que está internado no hospital de São João, no Porto, só estarão prontos durante a madrugada. Em declarações à Rádio Observador, a diretora-geral da Saúde explicou que, por isso, esses resultados só serão tornados públicos na terça-feira de manhã.

Quanto à mulher internada no Curry Cabral, em Lisboa, cujas análises revelaram não estar infetada com coronavírus, Graça Freitas explicou que vai continuar em observação, apenas por ter sintomas de outra doença e enquanto precisar de acompanhamento médico.

Questionada pela situação dos cidadãos portugueses que estão em dois navios de cruzeiro colocados em quarentena, a diretora-geral garantiu que estão todos bem e que as autoridades de saúde dos vários países mantêm uma comunicação permanente.

Depois de vários dias longe das aparições públicas, o presidente chinês esteve esta segunda-feira num hospital e num centro de tratamento dedicado ao coronavírus. Xi Jinping surgiu perante os fotógrafos com uma máscara, enquanto lhe mediam a temperatura. Naqueles locais, segundo a CNN, terá questionado médicos e enfermeiros sobre se têm tudo o que precisam para fazer o seu trabalho.

Video: Chinese President Xi Jinping inspected the #novelcoronavirus pneumonia prevention and control work in Beijing on Monday afternoon. Xi visited residents and staff in a community in Chaoyang District to learn about the situation of the frontline work. https://t.co/n2zr4Ckifs pic.twitter.com/fYLk7DqIzs

— Global Times (@globaltimesnews) February 10, 2020

Xi Jinping tinha surgido em público pela última vez há pouco menos de uma semana, num evento não relacionado com o surto da doença que afeta o país. Essa ausência já tinha, aliás, sido sublinhada pelos meios de comunicação internacionais.

O caso suspeito de coronavírus em Lisboa deu negativo. Trata-se de uma mulher chinesa que está internada no hospital Curry Cabral.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que o quinto caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV) em Portugal, que foi encaminhado, hoje, para o Hospital Curry Cabral, resultou negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”, revelou em comunicado a DGS.

Quanto ao caso do homem brasileiro internado no hospital de São João, ainda são esperados os resultados das análises que estão a ser feitas no Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge. O doente mantém-se em observação.

Os resultados das análises feitas aos dois doentes suspeitos — uma mulher chinesa e um homem brasileiro — deverão ser conhecidos ainda hoje. Amostras foram enviadas para o Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge.

A diretora-geral da Saúde avançou esta segunda-feira que os dois casos suspeitos correspondem a uma mulher chinesa residente em Portugal e um homem brasileiro. Segundo Graça Freitas, em declarações à rádio Observador, “os dois doentes estão no hospital, em isolamento em quartos de pressão negativa a ser assistidos por equipas altamente especializadas”.

Se os testes forem positivos, as pessoas que tenham estado em contacto com as duas pessoas “serão também contactadas para ficarem em vigilância”, explicou Graça Freitas, acrescentando que a rapidez dos resultados vai depender principalmente da deslocação dos testes provenientes do Hospital de São João, no Porto, até ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em Lisboa.

Quando questionada sobre a possibilidade de existirem mais casos em Portugal, a diretora-geral adiantou que a linha de apoio tem atendido muitas chamadas, que são maioritariamente para tirar dúvidas.

“Se o suspeito for validado pela linha de apoio ao médico, uma linha que também tem médicos, é então acionado o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para transportar estas pessoas a um dos hospitais de referência, onde ficam em isolamento”, explicou.

O Mobile World Congress é considerada a maior feira de smartphones do mundo e realiza-se há 33 anos em Barcelona, Espanha. Para a edição deste ano, que acontece entre 24 e 27 de fevereiro, há várias empresas tecnológicas a cancelar as conferências de imprensa agendas, como a Sony ou a Amazon.

Da Amazon à Sony. As empresas que já não vão à maior feira de telemóveis por causa do coronavírus

A polícia de Hong Kong está à procura de duas pessoas que fugiram da quarentena de 14 dias imposta pelo governo como forma de conter o surto de coronavírus, com epicentro em Wuhan, avançou esta segunda-feira o South China Morning Post.

Segundo a ministra da Saúde, Sophia Chan Siu-chee, nove pessoas fugiram dos locais de quarentena designados desde que a ordem entrou em vigor, sendo que duas delas ainda não foram localizadas. “Tenho de relembrar estas pessoas de que violar a ordem de quarentena é uma ofensa criminal“, disse a ministra, citada pelo mesmo jornal.

Há dois novos casos suspeitos de infeção pelo novo coronovírus em Portugal, anunciou esta segunda-feira a Direção Geral de Saúde. Casos dizem respeito a um homem e uma mulher regressados da China.

De acordo com um comunicado da DGS, a mulher foi encaminhada para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, e o homem está já no Centro Hospitalar de São João, no Porto.

“Os doentes ficam internados e serão realizadas colheitas de amostras biológicas para análise pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge”, pode ler-se.

A Comissão Europeia apelou hoje a um reforço da “coordenação e cooperação” da comunidade internacional para fazer face ao novo coronavírus, considerando “crucial” a união de esforços para travar a sua propagação.

“Numa altura em que o surto do coronavírus afeta cada vez mais países, a coordenação e a cooperação devem ser a nossa principal preocupação. Este é o momento de unir esforços para travar esta epidemia. É crucial que toda a comunidade internacional se foque nos preparativos e esforços de resposta para lutar contra o coronavírus, tendo sempre em mente a solidariedade internacional”, declarou hoje Janez Lenarcic.

O comissário responsável pela Gestão de Crises falava no Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da União Europeia, em Bruxelas, que está em permanente contacto com os Estados-membros para facilitar a entrega de equipamento pessoal de proteção à China, além das 12 toneladas já mobilizadas como resposta imediata.

Bruxelas acolhe, na quinta-feira, uma reunião extraordinária de ministros da Saúde da União Europeia consagrada ao novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), durante a qual os 27 discutirão eventuais medidas de emergência suplementares a adotar e soluções para prevenir a propagação do vírus dentro do espaço comunitário.

Agência Lusa

A Comissão Nacional de Saúde anunciou esta segunda-feira que 8,2% das pessoas que foram diagnosticadas com coronavírus já foram curados, não revelando o tratamento a que estarão a ser submetidos. Em 27 de janeiro, o balanço indicava que apenas 1,3% dos pacientes tinham deixado de estar infetados.

Segundo Mi Feng, porta-voz da comissão, citado pela CNN, em Wuhan, epicentro do surto, 6,1% dos infetados foram curados e já não apresentam quaisquer sintomas.

O preço do barril de petróleo Brent para entrega em abril estava a hoje a cair para 54,10 dólares, menos 1,54% que na sexta-feira e em mínimos desde dezembro de 2018, devido aos receios da propagação do coronavírus.

O petróleo do mar do Norte, de referência na Europa, tinha acabado a semana passada a 54,48 dólares, depois de registar descidas nos dias prévios devido ao nervosismo de que o novo vírus possa afetar a procura, referem analistas citados pela Efe.

O petróleo continua hoje em baixa depois de o ministro da Energia do Azerbaijão, Parviz Shahbazov, ter dito no domingo que não se espera antes de março qualquer reunião a nível ministerial da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e outros nove produtores aliados) devido ao surto do coronavírus na China.

Em declarações à imprensa, Shahbazov indicou que houve uma proposta de antecipar a reunião a nível ministerial da coligação OPEP+, composta por 10 sócios da OPEP, Rússia e outros nove produtores de petróleo. Contudo, a situação atual “é que não haverá uma reunião ministerial antes da que está prevista” nos dias 5 e 6 de março.

Agência Lusa

Um novo estudo publicado na sexta-feira revelou que 41% dos 138 primeiros pacientes de um hospital em Wuhan poderão ter ficado infetados dentro do próprio hospital. Investigadores concluíram ainda que, em média, cada paciente infetou 2 pessoas, apontando que o facto de os sintomas não se manifestarem numa etapa inicial poderá levar a uma dispersão mais rápida do coronavírus.

O estudo revela ainda os trabalhadores do hospital e muitos dos pacientes foram infetados em diferentes partes do hospital, sendo que os casos poderão ser mais do que os detetados, uma vez que apenas foram testados os pacientes que apresentavam sintomas.

Além da transmissão entre pessoas, escreve a CNN, o contágio em hospitais deve-se ainda aos procedimentos realizados por médicos, como, por exemplo, uma broncoscopia, na qual um tubo é inserido nos pulmões do paciente.

Os pacientes do Hospital Zhongnan da Universidade de Wuhan, na China, foram acompanhados entre os dias 1 e 28 de janeiro e o follow-up foi feito no dia 3 de fevereiro.

Quatro britânicos receberam hoje testes positivos para o novo coronavírus da China, elevando o número total de casos para oito, no mesmo dia em que o governo reforçou o poder dos hospitais de manter as pessoas em quarentena.

Segundo o diretor-geral de Saúde de Inglaterra, Chris Whitty, os quatro novos casos estão todos relacionados com um outro doente já confirmado em Brighton na semana passada e que tinha viajado para Singapura.

Coronavírus. Como um empresário britânico terá deixado um rasto de infetados na Europa

Agência Lusa

A plataforma de alojamentos Airbnb anunciou esta segunda-feira que suspendeu todas as reservas em Pequim até ao dia 29 de fevereiro devido ao surto de coronavírus.

“À luz do novo surto de coronavírus e das orientações das autoridades locais para o setor de aluguer de curto prazo durante esta emergência de saúde pública, todas as reservas em Pequim com check-in entre 7 de fevereiro de 2020 e 29 de fevereiro de 2020 foram suspensas”, anunciou a aplicação num comunicado, citado pela Reuters.

As autoridades de saúde de Macau alertaram hoje que ainda é cedo para a população regressar à vida normal, apesar de não se registar há seis dias consecutivos novos casos de infeção com o novo coronavírus chinês.

O diretor dos Serviços de Saúde de Macau sublinhou, em conferência de imprensa, que os números parecem mostrar que estão a ser eficazes as medidas excecionais impostas pelo governo.

Juntamente com a população estamos a conseguir combater a epidemia, mas isto não significa que não continue a ser grave, pelo que não podemos ainda voltar à nossa vida normal”, frisou Lei Chin Ion, advertindo que “a aglomeração de pessoas pode trazer um alto risco” de contágio.

O coordenador dos serviços de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Chang Tam Fei, indicou que, nas últimas 24 horas foram realizados 111 testes no Laboratório de Saúde Pública. Nas últimas semanas, foram realizados 691 testes. Destes, já foram descartados 656 casos suspeitos. Vinte e cinco pessoas continuam a aguardar o resultado das análises, enquanto 19 pessoas já não se encontram em regime de isolamento.

As autoridades adiantaram ainda que permanecem 91 pessoas na província de Hubei, a província chinesa onde começou o coronavírus, na qual algumas cidades se encontram sob quarentena.

Agência Lusa

Os coronavírus podem manter-se infecciosos em superfícies de objetos até 9 dias, segundo um estudo publicado no Journal of Hospital Infection, no dia 6 de fevereiro. Os investigadores deixaram uma série de recomendações em relação aos objetos a ter em conta e que poderão ser aplicadas ao surto do novo coronavírus (2019-nCoV), explicando que estes podem ser facilmente desinfetados utilizando 62-71% de etanol, 0,5% de peróxido de hidrogénio ou 0,1% de hipoclorito de sódio (normalmente utilizados como desinfetantes).

Nos hospitais podem ser, por exemplo, as maçanetas, mas também botões, mesas de cabeceira, camas e outros objetos que estão em contacto direto com os pacientes, que muitas das vezes são feitos de metal ou plástico”, alertou o professor Günter Kampf, do Instituto de Higiene e Medicina Ambiental do Hospital Universitário de Greifswald, na Alemanha.

A análise de 22 estudos feitos aos diferentes tipos de coronavírus descobertos anteriormente revelou que o SARS (síndrome respiratória aguda grave), o MERS (síndrome respiratória do Médio Oriente) e outros coronavírus transmissíveis entre humanos conseguem manter-se ativos em superfícies como metal, vidro ou plástico entre 2 horas e 9 dias. Baixas temperaturas e humidade aumentam a capacidade de sobrevivência destes.

Em comparação, o coronavírus da gastroenterite transmissível (TGEV), que infeta porcos, e o vírus da hepatite do rato (MHV) podem durar mais de 28 dias, dependendo das temperaturas a que estão sujeitos.

Associações de trabalhadoras domésticas em Macau denunciaram à Lusa casos de exploração laboral, desde cortes nos salários à obrigação de ficarem em casa dos patrões, desde que foram adotadas medidas excecionais devido ao novo coronavírus.

Para além da redução nos vencimentos acordados e da obrigatoriedade de permanecer em casa dos patrões em condições pouco dignas, as empregadas domésticas dão conta de um número crescente de outros casos que configuram exploração laboral, depois de o governo ter encerrado praticamente todos os espaços comerciais, culturais e desportivos e de ter enviado milhares de trabalhadores e alunos para casa.

A presidente da União Verde dos Trabalhadores Migrantes das Filipinas em Macau adiantou que a organização avançou já com inquéritos junto das trabalhadoras (sobretudo filipinas) para detalhar a natureza das queixas.

A intenção, esclareceu Nedie Taberdo, é de posteriormente, exercer pressão junto das autoridades de Macau, especialmente junto da Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais, para protegerem os direitos laborais das trabalhadoras.

Já a presidente da União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau, Jassy Santos, acrescentou outros “atropelos” aos direitos das empregadas domésticas: despedimentos, horas extraordinárias sem o respetivo pagamento e o facto de não serem disponibilizadas máscaras ou produtos desinfetantes às trabalhadoras, forçadas a ficar em casa dos patrões sem direito a quarto ou mesmo uma cama.

Macau conta atualmente com nove pessoas infetadas, que, nos próximos dias, podem receber alta, de acordo com as autoridades, que sublinharam já o facto de não terem sido identificados mais casos há cinco dias consecutivos.

Agência Lusa