O Parque das Serras do Porto apresentou candidaturas de mais de 573 mil euros para a reflorestação de 20 hectares do território, substituindo o eucalipto por carvalho e sobreiros, plantas autóctones e resistentes ao fogo.

A revelação foi feita à Lusa pelo presidente do Conselho Executivo do parque das serras, Alexandre Almeida com base no objetivo de “substituir uma área bastante grande de eucalipto por espécies autóctones, como o carvalho e o sobreiro, mais resistentes aos fogos”. A reflorestação dos 20 hectares distribuiu-se pela candidatura ao POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos, que abrange seis deles, três candidatos ao apoio do Fundo Ambiental e 11 em parceria com a Lipor, disse.

A primeira candidatura para a “Prevenção, controlo e erradicação de espécies exóticas invasoras” tem um “custo total de 390.014,50 euros” enquanto a formalizada ao Fundo Ambiental para “adaptar o território às alterações climáticas” tem um“valor global de 183.052,00 euros”.

Estamos também a contar fazer candidaturas a nível internacional, ao nível do Programa Life [de desenvolvimento sustentável e para a consecução dos objetivos e metas da Estratégia Europeia 2020] e também com o Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) para continuar com esse esforço, se possível, começando já este ano”, divulgou.

Com seis mil hectares de área total e abrangendo os concelhos de Gondomar, Valongo e Paredes, o Parque das Serras do Porto, segundo o responsável, está também a “estudar com alguns parceiros, como a Lipor, planos de sequestro de carbono, envolvendo empresas que usem o parque das serras para comprar créditos de sequestro de carbono”.

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A propósito da desejada reflorestação, o também presidente da Câmara de Paredes argumentou que uma vez “concluída a última revisão dos Planos Diretores Municipais (PDM) que os vai adaptar aos PDM de terceira geração” os municípios poderão “passar a impor normas ao nível das florestas”.

E aí podemos impor que em determinadas áreas só se possam plantar plantas autóctones, ainda que isso não obrigue os proprietários a fazerem-no”, explicitou o responsável que, para contornar essa limitação, recordou o recente anúncio do ministro do Ambiente.

Segundo João Pedro Matos Fernandes “em certas zonas consideradas prioritárias em termos de risco de incêndio”, área em que Alexandre Almeida espera ver “englobado o Parque das Serras do Porto”, haverá “zonas em que ou os proprietários fazem a reflorestação com os apoios governamentais anunciados ou serão forçados a alugar os seus espaços para que o Estado o faça”.

Passando para a prevenção de incêndios incluiu “a reflorestação, limpeza dos caminhos corta-fogos, criação da brigada de sapadores e locais para abastecer de água os helicópteros” como “áreas essenciais para serem concretizadas”.

Com a ajuda do TPNP e uma vez prontos os trilhos, o Parque das Serras do Porto passará a estar visível no aeroporto Francisco Sá Carneiro, revelou o responsável do parque que abrange seis mil hectares dos três concelhos Alexandre Almeida cessará funções no final de 2020, passando a presidência do Parque para Valongo, seguindo-se um ano depois Gondomar.