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As fintas de Edwards na equipa que acabou fintada (a crónica do V. Guimarães-Moreirense)

Este artigo tem mais de 3 anos

V. Guimarães começou melhor, chegou ao golo, teve em Marcus Edwards mais uma vez a unidade em destaque mas Moreirense conseguiu inverter tendência do jogo, empatar e ficar perto da reviravolta (1-1).

Gabrielzinho marcou assim o golo do empate em Guimarães, materializando melhor entrada do Moreirense após o intervalo
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Gabrielzinho marcou assim o golo do empate em Guimarães, materializando melhor entrada do Moreirense após o intervalo

Miguel Pereira

Gabrielzinho marcou assim o golo do empate em Guimarães, materializando melhor entrada do Moreirense após o intervalo

Miguel Pereira

Tirou o Curso Superior de Tradutores Intérpretes no Instituto Superior de Línguas e Administração, passou pelo jornalismo no Diário de Notícias, no Record e no Jogo, teve sempre como principal paixão o futebol, fosse a ver jogos, a ler revistas e demais publicações da especialidade ou simplesmente no Championship Manager, aquele apaixonante jogo virtual que hoje se denomina de Football Manager e que nasceu em 1992, o mesmo ano em que começou nos jornais. Seis anos depois, percebendo tudo aquilo que esse novo mundo tinha de bom e de mau, tentou fazer carreira como empresário aproveitando o facto de falar vários idiomas e fez transferências como a de Nelson dos ingleses do Aston Villa para o FC Porto. 15 meses depois, entrou no Sporting como assessor.

Antes de entrar de forma mais direta no futebol, há quase 20 anos, Carlos Freitas teve um percurso por outros caminhos até chegar ao que ocupa agora. E sempre que o V. Guimarães joga, é inevitável pensar naquele que é o seu diretor desportivo desde o último verão. Porquê? Porque sempre que o V. Guimarães joga, é inevitável não ter o olhar fixo em Marcus Edwards, uma das revelações da Primeira Liga e que funciona como exemplo paradigmático da importância que um bom departamento de scouting e rede de contactos pode ter numa equipa.

Depois de ter estado quase dez anos em Alvalade, onde começou como assessor da SAD, subiu a diretor geral e passou depois para diretor desportivo estando envolvido nos dois últimos Campeonatos do Sporting antes de sair em 2008, Freitas passou pelo Sp. Braga, foi para os gregos do Panathinaikos, regressou aos leões quando Godinho Lopes chamou Luís Duque para a SAD mas acabou por sair pouco depois para o estrangeiro, onde foi o diretor desportivo dos franceses do Metz e dos italianos da Fiorentina. Com uma vasta experiência, não tardou a deixar marca. Tapsoba, central do Burquina Faso que ascendeu da equipa B e foi vendido em janeiro por 18 milhões para o Bayer Leverkusen, foi o destaque em termos financeiros; Edwards brilhou na parte desportiva.

O extremo que um dia chegou a ser tratado como mini Messi por Mauricio Pochettino nunca chegou a ter uma verdadeira oportunidade no Tottenham (embora tenha feito um encontro a contar para a Taça da Liga, quando tinha 17 anos), o clube de formação, sendo emprestado nos dois primeiros anos como sénior a Norwich e Excelsior enquanto ia somando internacionalizações nas camadas jovens da seleção inglesa. O V. Guimarães conseguiu resgatar o jogador sem custos, ficando com 50% dos direitos económicos e colocando uma cláusula de rescisão de 15 milhões. Seis meses depois, Edwards já era cobiçado por clubes portugueses e ingleses. Ficou no Minho.

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Ficha de jogo

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V. Guimarães-Moreirense, 1-1

27.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Dom Afonso Henriques, em Guimarães

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga)

V. Guimarães: Douglas; Victor García, Frederico Venâncio, Bondarenko, Florent; Joseph (Leo Bonatini, 74′), Pêpê, João Carlos Teixeira (André André, 62′); Marcus Edwards, Davidson (Ouattara, 62′) e Bruno Duarte (Rochinha, 90+2′)

Suplentes não utilizados: Jhonatan, Lucas Evangelista, Ola John, Mikel Agu e Suliman

Treinador: Ivo Vieira

Moreirense: Lucas Pasinato; João Aurélio, Rosic, Iago, Abdu Conté; Mané, Alex Soares, Nuno Santos (Ibrahima, 87′); Bilel (Pedro Nuno, 77′), Gabrielzinho (Luther Singh, 71′) e Fábio Abreu (Nenê, 87′)

Suplentes não utilizados: Trigueira, D’Alberto, Halliche, Fábio Pacheco e Luís Machado

Treinador: Ricardo Soares

Golos: Pêpê (33′. g.p.) e Gabrielzinho (53′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Florent (40′ e 90+7′) e João Carlos Teixeira (57′); cartão vermelho por acumulação a Florent (90+7′)

Atravessando de longe a melhor temporada desde que chegou aos seniores, com sete golos e outras assistências em 30 jogos, o britânico voltou a ser um dos desequilibradores do V. Guimarães frente ao Moreirense enquanto teve pilhas, tirando numa finta curta com Iago por perto a grande penalidade que Pêpê aproveitaria para inaugurar o marcador entre muitos outros pormenores de classe sobretudo em diagonais da direita para o centro. A boa ideia de jogo que Ivo Vieira conseguiu implementar nos vimaranenses voltou a notar-se mas também o conjunto dos cónegos deixou de novo uma boa imagem e foi nos pormenores individuais que se fez a diferença, com Gabrielzinho a aproveitar a melhor fase dos cónegos no jogo para empatar ainda no início da segunda parte (1-1).

O encontro começou a todo o gás, com as duas equipas a conseguirem criar situações de perigo na área travadas pelos dois guarda-redes brasileiros: Bruno Duarte, aproveitando uma recuperação de bola em zona central subida perante a incapacidade da defensiva contrária em aliviar o perigo, apareceu isolado mas Pasinato fez a “mancha” e evitou o golo inaugural (4′); depois foi Fábio Abreu a ganhar bem a profundidade para ver Douglas defender o remate para canto antes de obrigar na sequência do lance a nova intervenção do número 1 vitoriano (7′). Melhor início era impossível, com duas equipas estendidas no relvado e capazes de criarem oportunidades de golo.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do V. Guimarães-Moreirense em vídeo]

No entanto, e até ao intervalo, seria o V. Guimarães a ter uma maior presença no encontro, sendo mais capaz de ir soltando as unidades criativas para lances de perigo com finalizações na área. João Carlos Teixeira e Davidson tiveram dois lances quase tirados a papel químico com remates na passada ao segundo poste após cruzamentos rasteiros que pediam mais arco e menos força, passando por cima da baliza de Pasinato, mas os vimaranenses chegariam mesmo ao golo de penálti, com Pêpê a transformar um lance “ganho” por Edwards (33′).

No segundo tempo, as características do jogo mudaram, o Moreirense conseguiu ganhar a zona do meio-campo, o V. Guimarães não conseguiu ter as linhas tão próximas como fizera na metade inicial e foi com naturalidade que surgiu o golo do empate, com Gabrielzinho a explorar o espaço entre lateral e central para ser lançado em velocidade, deixar Pêpê pelo caminho no arranque e rematar cruzado na área para o 1-1 (53′). Nem mesmo a igualdade “acordou” os visitados, que continuaram a não mostrar argumentos para travar as saídas rápidas dos cónegos até Ivo Vieira lançar em campo André André e Ouattara, agitando a equipa que caíra também pelo défice físico que Marcus Edwards ia mostrando entre perdas de bola e provocando uma melhoria sem resultados práticos. Ainda assim, e até ao final, seria numa remate de longe de Pedro Nuno que nasceria o lance de maior perigo.

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