O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) anunciou este sábado que irá apoiar a candidatura de João Ferreira à Presidência da República, considerando que o eurodeputado do PCP reúne características como “consciência social e ambiental”.

Em declarações à Agência Lusa no final do Conselho Nacional do PEV, a dirigente e ex-deputada Heloísa Apolónia defendeu que o cargo de Presidente da República deve ser exercido “por alguém com uma consciência social muito forte”.

“Numa altura em que estamos a viver uma situação pandémica que arrasta uma crise social e económica muito profunda, a consciência social dessa pessoa é determinante”, defendeu.

Por outro lado, como partido ecologista, “Os Verdes” destacam igualmente a importância da consciência ambiental no perfil presidencial.

“Com estes dois parâmetros, da fortíssima consciência social e ambiental, ‘Os Verdes’ decidiram neste Conselho Nacional dar apoio à candidatura de João Ferreira à Presidência da República”, anunciou.

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Para a dirigente ecologista, o eurodeputado do PCP “tem provado na sua ação a consciência social”, acompanhando muitas situações concretas nas empresas nacionais, e, “não apenas pela sua formação de biólogo”, garante também a preocupação ambiental defendida pelo partido.

“É uma pessoa que consideramos merecer a nossa confiança”, afirmou.

João Ferreira, biólogo, 41 anos, é eurodeputado do PCP, vice-presidente do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verdes Nórdica (GUE/NGL) e vereador da CDU na Câmara de Lisboa. É membro do comité central do partido.

O eurodeputado foi candidato pelo partido em duas das mais recentes eleições no país e a sua candidatura às presidenciais de janeiro foi apresentada em meados de setembro.

Nas autárquicas de 2017, foi cabeça de lista da CDU por Lisboa e obteve 9,55% dos votos (24.110) e dois vereadores.

Nas europeias de 2019, concorreu, tal como Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, que é também candidata a Belém, e recolheu 6,88%, 228.157 votos, elegendo a coligação dois eurodeputados, menos um do que nas eleições de 2014.