As exportações portuguesas de metal aumentaram 2% em setembro, em relação ao período homólogo, para um total de 1,74 mil milhões de euros, anunciou a AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal.
Em comunicado, a organização referiu que as vendas para o estrangeiro representam o “terceiro melhor resultado de sempre”, destacando que este “valor acaba por ser tão mais significativo pelo que facto de o país, grande parte do tempo, estar a tentar controlar a segunda vaga da pandemia de Covid-19”.
Além disso, a ‘performance’ do setor do metal “vem no seguimento de uma recuperação constante” que, devido à situação sanitária, registou “um decréscimo de 17,4% nos três primeiros trimestres de 2020 face a 2019”, referiu o organismo.
A AIMMAP detalhou ainda que “este decréscimo se deveu essencialmente à quebra sentida nos mercados mais afetados pela pandemia de Covid-19 como a Itália (-34%), Reino Unido (-31%) e Alemanha (-22%)”.
No entanto, “alguns mercados, como o Japão, Turquia ou Suécia, têm compensado esta queda nos mercados e acabaram por fazer com que a recuperação do Metal Portugal seja uma realidade já com dois meses em terreno positivo, agosto e setembro”, salientou a AIMMAP.
A associação deu ainda conta de que a recuperação do mercado sentida em setembro se deveu em parte “ao grande crescimento das exportações do ‘cluster’ automóvel” sendo que “o esforço dos diversos subsetores do Metal Portugal em repor alguma normalidade no setor, conduziu a um crescimento de 3% nas exportações para a União Europeia, comparativamente com o mês anterior”, lê-se no comunicado.
“Este resultado histórico do setor no que diz respeito às exportações mostra a resiliência das empresas portuguesas em repor aquilo que foi perdido durante este ano, bem como a sua adaptabilidade aos tempos em que vivemos, com a capacitação destas empresas em corresponder às várias necessidades de mercado sentidas” disse Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP, citado na mesma nota.
O mesmo responsável indicou que este ritmo de recuperação se deverá manter nos meses de outubro e novembro, apontando para uma perda de 10% a 12% no final do ano, segundo o comunicado.