Carlos César e o filho Francisco César desconhecem a existência de um inquérito que envolva os seus nomes. Segundo o Correio da Manhã, os dois socialistas estão a ser investigados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Ponta Delgada por alegadas suspeitas de irregularidades em negócios entre o Governo Regional dos Açores e empresas privadas e também devido à atribuição de subsídios públicos. O inquérito em causa estará a investigar o período em que Carlos César liderava o Governo regional.

O DIAP de Ponta Delgada está a investigar suspeitas da prática de eventuais crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, abuso de poder e branqueamento de capitais e, além dos dois socialistas, estarão envolvidos empresários locais, nomeadamente da área da hotelaria. O inquérito terá sido aberto em julho de 2017.

De acordo com o mesmo jornal, o Ministério Público na Comarca dos Açores confirmou a existência de um inquérito que “se encontra em investigação, sem arguidos constituídos e sujeito a segredo de justiça” e não esclareceu as questões relacionadas com o presidente do PS e o filho, deputado nos Açores.

O presidente do PS, Carlos César usou as redes sociais para garantir que desconhece “qualquer inquérito judicial” que o envolva e mostra-se “disponível para todos os escrutínios e para esclarecer sempre e em tudo o que for preciso”.

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“Tenho bem mais de quatro mil dias de presidente do Governo nos Açores, que podem ser escrutinados hora a hora, perante milhares de situações e de interlocutores. Encontrar-se-ão, certamente, erros e omissões, mas nunca atos ou práticas como as que se insinuam no que agora se noticiou. De resto, todo o meu património e rendimentos estão registados na declaração que, como membro do Conselho de Estado, continuo a ter de submeter ao Tribunal Constitucional. Aliás, e de acordo com a lei, o mesmo acontece com os meus familiares diretos. Assim é, há muitos anos”, frisa o socialista no Facebook.

https://www.facebook.com/carlosvcesar/photos/a.373651259446533/2317271931751113/

Também Francisco César já reagiu nas redes sociais e garante que “quem não deve não teme”. O deputado dos Açores diz desconhecer “qualquer queixa ou inquérito judicial” que envolva o seu nome. “Existindo alguma investigação, que me inclua, como o jornal Correio da Manhã diz saber, confirmar-se-á que essa queixa está baseada em acusações infundadas e caluniosas”, garante.

https://www.facebook.com/francisco.cesar/posts/3809295575794005

Carlos César foi presidente do Governo dos Açores entre 1996 e 2012 e o filho é deputado na Assembleia Regional dos Açores desde 2008. Atualmente, Carlos César é presidente do PS desde 2014 e um dos braços direitos de António Costa.