A advogada de Rosa Grilo diz-se enganada pela cliente e, por isso, vai abandonar a defesa do caso. A notícia é avançada pela TVI e surge um dia depois de se tornar público que Tânia Reis e João de Sousa, consultor forense de Rosa Grilo, foram acusados pelo Ministério Público. Em causa estão os crimes de simulação de crime, posse de arma proibida e favorecimento pessoal. A suspeita é de que ambos terão plantado provas no local do crime para ilibar a cliente.
As fotografias do local do crime, tiradas pela Polícia Judiciária, não mostram cápsulas de munição na casa de banho, embora, já depois da perícia, tenha ali sido encontrados um invólucro, o que aponta para que o cenário tenha sido alterado à posteriori.
Embora as autoridades suspeitem de João de Sousa e Tânia Reis, estes apontam agora o dedo a Rosa Grilo, já que entendem que terá sido a cliente a manipular o cenário de crime, plantando a cápsula na banheira, e enganando a equipa de defesa.
Foi o consultor forense quem, em fevereiro de 2020, encontrou o segundo projétil na banheira — o segundo, já que o primeiro foi o que causou a morte do triatleta Luís Grilo — tendo sido, de novo, chamada a GNR ao local do crime, a casa do casal Grilo em Cachoeiras, Vila Franca de Xira.
Rosa Grilo foi condenada a pena de prisão máxima em primeira instância, 25 anos de cadeia efetiva, pena confirmada esta quinta-feira pelo Supremo Tribunal de Justiça.