A aplicação para telemóveis da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) esteve sem funcionar no dia em que a entidade voltou a cobrar os estacionamentos na via pública, ao fim de dois meses de suspensão. O programa foi sujeito a uma atualização, mas não permite fazer pagamentos nem utilizar saldos por causa de um “erro de comunicação”.

O jornalista e escritor criativo Miguel Somsen é um dos clientes da EMEL que se queixaram nas redes sociais dos constrangimentos na utilização da aplicação: “Hoje, muito apropriadamente, a app não funciona, nem deixa os seus utilizadores aceder aos valores (no meu caso 40€) que estavam na anterior versão da app. Não é rápido, não é seguro, é um roubo“, acusou no Facebook e Twitter: “Quem alinha num buzinão?”.

A aplicação, “ePark EMEL”, deve indicar o lugar de estacionamento escolhido, calcular o custo do estacionamento no período introduzido pelo cliente e, dez minutos antes de o tempo expirar, avisar que ele está a esgotar. Além disso, se o carro ficar estacionado menos tempo que o indicado inicialmente, o cliente pode pagar apenas o período em que efetivamente permaneceu ali.

Mas nenhum destes serviços esteve disponível durante várias horas desta quarta-feira: quando a mensagem de erro aparecia, a aplicação sugeria “tentar novamente”, mas em nada resolvia o problema. Ao Observador, fonte da empresa disse que o problema foi causado por “uma sobrecarga pontual inusitada” na app, o que levou “a que o sistema ficasse inoperacional durante parte da manhã”. Mas “a situação tem vindo a ser regularizada”. Ao fim da tarde, o Observador confirmou que o sistema de pagamento digital através do telemóvel já funcionava.

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