Depois do empate com o Verona, que deixou a equipa no quinto lugar da Serie A e fora da fase de grupos da Liga dos Campeões, as atenções do Nápoles viraram-se para Sérgio Conceição. Como o Observador revelou na manhã desta terça-feira, o treinador nunca foi contactado de forma direta por nenhum responsável dos transalpinos, incluindo o presidente Aurelio de Laurentiis, e as conversas foram feitas com responsáveis da Gestifute, que estava como intermediário na operação. Apenas 24 horas depois, essa opção acabou por cair.
O Nápoles propunha dois anos de contrato com um vencimento por época de 5,5 milhões de euros, além de uma série de cláusulas por objetivos mediante a carreira desportiva da equipa. Neste aspeto, apesar de alguns pontos não terem chegado a ser discutidos, poderia não haver obstáculos. Problema: a não presença na Champions, algo que Sérgio Conceição não queria perder depois de três presenças na Liga milionária nos últimos quatro anos, tendo em duas delas atingido os quartos da competição. O FC Porto ganhava uma nova esperança.
Acompanhando à distância as ofertas que o técnico ia recebendo, os dragões entenderam que a Serie A tinha deixado de ser uma possibilidade (a Lazio encontra-se no mesmo patamar do Nápoles, sem Champions após acabar a Serie A na sexta posição) e que haveria apenas um mercado capaz de levar o técnico para uma nova experiência no estrangeiro: a Ligue 1. No entanto, a hipótese de renovar contrato aumentou. E o clube azul e branco tinha delineada uma proposta de continuidade para o técnico que entroncava naquilo que pretendia.
Além de um novo vínculo de dois anos, com um aumento salarial que colocaria o treinador com o vencimento de 1,5 milhões de euros líquidos por temporada, o FC Porto deixou duas garantias a Sérgio Conceição: 1) uma maior capacidade para ir ao mercado, num cenário diferente daquele que aconteceu nas primeiras quatro temporadas quando a SAD dos dragões estava ainda condicionada pelo fair play financeiro; 2) um maior esforço de proteção do técnico aos ataques exteriores, com mais elementos a saírem em defesa do grupo em termos públicos, algo que Sérgio considerou ser uma das razões para que a imagem fosse ficando mais desgastada.
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De acrescentar que, de acordo com o que o Observador conseguiu confirmar, a primeira conversa que teve em cima da mesa a renovação aconteceu ainda esta terça-feira, depois da presença de Pinto da Costa no Conselho de Presidentes na Mealhada, e que era aguardado durante o dia de hoje que existisse um encontro entre o líder dos azuis e brancos e o treinador, que apesar das ofertas que foram surgindo nunca fechou a porta aos dragões.