“Parabéns Chelsea pela conquista da Champions League! Estão, agora, na história do nosso Estádio do Dragão”, destacou a página oficial do Twitter do FC Porto após a final da Liga dos Campeões, a primeira final europeia que o recinto dos azuis e brancos recebeu depois de ver “retirada” a realização da Supertaça Europeia de 2020 que se viria a disputar em Budapeste na sequência das alterações promovidas pela UEFA devido à pandemia.

No entanto, foi também a Champions no Dragão, neste caso com público nas bancadas, que levou o FC Porto a atacar de novo o Governo, em específico o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, pelos dois pesos e duas medidas de novo adotados. Uma ideia que já tinha sido comentada na véspera por Pinto da Costa, presidente dos dragões.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Liga dos Campeões no Porto? A única satisfação que tenho é ver amanhã [sábado] cerca de 20 mil pessoas num estádio em Portugal e se calhar com a presença de alguns governantes e, no mesmo país e à mesma hora, se calhar vai haver muitos espetáculos desportivos onde nem as famílias dos jogadores podem estar. É uma aberração. Há dias, enquanto se disputava no pavilhão do Dragão um jogo de uma modalidade em que nem os familiares dos atletas podiam estar, estava a decorrer um concerto no Pavilhão Super Bock Rosa Mota com 2.000 pessoas. Não sei como vamos resolver isto mas dado a cretinice destas decisões, se calhar vamos pôr ao lado do estádio, talvez na pista, cantores. Vou ver se os que cá estiveram podem atuar, para ter público para assistir a esses festivais de música enquanto os jogadores jogam no campo ao lado”, tinha dito o líder dos azuis e brancos na noite desta sexta-feira, na gala do jornal O Gaiense.

“Depois disto o ministro da Educação e o secretário de Estado da Juventude e Desporto só podem demitir-se. A falta de vergonha desta gente faz com que hoje [sábado] tenha havido um jogo com milhares de pessoas e amanhã [domingo] há um jogo de basket a que nem os familiares dos atletas podem assistir”, salientou após a final da Liga dos Campeões Francisco J. Marques, diretor de comunicação e informação do FC Porto, recordando não só os 14.110 espectadores que estiveram no Estádio do Dragão mas também o jogo 4 da final do Campeonato de basquetebol entre os azuis e brancos e o Sporting, que pode valer o título aos portistas.

“Disseram que os adeptos dos finalistas da Champions vinham em bolha, mas todos os portugueses viram que não houve bolhas nenhumas e que os responsáveis mentiram ao país. Oxalá o preço destas falsidades não seja muito alto. Ao FC Porto não devolvem os milhões retidos de IVA mas a UEFA lá voltou a ter todos os benefícios fiscais a que os portugueses nunca têm direito. O desporto precisa de outra gente, que fale verdade e defenda os clubes portugueses”, prosseguiu na sua conta oficial do Twitter, antes de voltar ao basquetebol e não só.

“Esta imagem é do Super Bock Arena ontem à noite [sexta-feira], com 2.500 pessoas a assistirem ao concerto dos Black Mamba, mas o FC Porto-Sporting de basket, amanhã à tarde [domingo], vai ter zero. E o mesmo acontece nos jogos da formação, que nem os pais podem assistir. Digam lá que o governo não goza”, concluiu.