Quando a Tesla decidiu cancelar o Model S Plaid+, que prometia mais de 1100 cv e 836 km de autonomia, os clientes da Tesla e os amantes de veículos eléctricos, na generalidade, sentiram-se necessariamente defraudados. Não porque a versão Plaid, com os seus 1020 cv, 322 km/h e 0-100 km/h em 2,1 segundos (0-60 milhas/h em 1,9 segundos) não seja impressionante, mas porque a autonomia é determinante e a grande diferença entre o Plaid e o Plaid+ residia no facto de este último anunciar a capacidade de percorrer 836 km entre recargas, em vez de 628 km.

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Ora se os fãs da tecnologia ficaram decepcionados, a concorrência não só deu saltos de contentamento, como aproveitou para gozar com a Tesla. Foi o caso da Lucid Motors, que já tinha anteriormente prometido que o seu Air seria capaz, na versão com maior capacidade de bateria (113 kWh), de uma autonomia de 517 milhas, cerca de 832 km, e que agora reagiu com algum humor à notícia de cancelamento do Plaid+. Sendo que já são habituais as picardias entre a Lucid e a Tesla.

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Assim que a Tesla retirou o Plaid+ do configurador, a Lucid foi ao Twitter recordar, jogando com as palavras, que o seu Lucid Air é o “líder da matilha”, em termos de capacidade de bateria. Mais do que isso, aconselha a “ser honesto” e a admitir que “o mais importante é a autonomia”. O que será uma verdade para muitos utilizadores desta classe de veículos.

Resta saber quanto tempo vai aguentar Elon Musk a afirmar que “o Plaid+ não é necessário porque o Plaid já é muito bom”. O mais provável é que a conversa mude assim que as baterias com as células 4680 estejam disponíveis em quantidade, elas que são aguardadas para todos os modelos da marca, para assegurarem mais eficiência e menores custos. E a chegada de concorrentes como o Lucid Air apenas irá aumentar a pressão para que o Plaid+ volte a estar em cima da mesa.