Renato Sanches defendeu que Portugal apresentou-se “diferente e mais enérgico” contra a França, no Grupo F do Euro2020, e não deu importância aos elogios que recebeu, lembrando que o “futebol é o momento”.

“Ajudei a equipa ao dar intensidade, mas acho que a equipa toda teve uma atitude diferente do último jogo. Tivemos mais energia e demos muito mais do que no outro jogo [com a Alemanha]”, começou por dizer o médio, de 23 anos, em conferência de imprensa.

O jogador do Lille, que contra a Hungria (3-0) e Alemanha (4-2) foi suplente utilizado, mas acabou por ser aposta de Fernando Santos para jogar de início com os franceses (2-2), na derradeira ronda da ‘poule’, preferiu não valorizar as críticas positivas em relação à prestação pessoal e explicou porquê.

“Claro que vejo televisão. Nos media, hoje, estamos bem, mas se amanhã estamos mal e vêm todos para cima de nós. Ligar a isso não vai fazer de nós melhores jogadores, somos nós que jogamos e é o mister que decide. Não nos podemos deixar levar pelos media e redes sociais. O futebol é o momento. Se estamos aqui, é para desfrutar, mas com intenções de ganhar”, apontou.

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Sobre a titularidade diante dos campeões do mundo, Renato apenas disse que “tem feito o seu trabalho e dado o melhor sempre que joga”, garantindo que é mais dos 26 atletas convocados pronto para “dar uma boa resposta quando se proporcionar”.

Para o duelo com a Bélgica, dos oitavos de final, agendado para domingo, em Sevilha, não é certa a titularidade do médio, que ‘atira’ para o selecionador luso essa decisão.

“O ‘mister’ é que está a montar a estratégia para o jogo e vai decidir o que é melhor para a equipa. Sou um jogador possante, utilizo o meu corpo para jogar, é uma das minhas armas, mas em certos momentos tenho de saber usá-lo e ter a bola. Tenho de aproveitar, mas nem sempre é necessário”, explicou.

Por fim, abordou a mudança de Portugal para a Cidade do Futebol, em Oeiras, caso o campeão em título ultrapasse os belgas, no domingo, para prosseguir com a preparação para as próximas fases.

“Vamos estar em casa. Nenhum grupo ou nenhum jogador se vai sentir mais relaxado. Vai, sim, sentir-se mais confiante, mais cómodo, estamos com o nosso povo. O apoio é mais intenso sendo em Portugal ou Budapeste [Hungria]”, concluiu.

Portugal e Bélgica disputam a partida dos oitavos de final do Euro2020 no domingo, a partir das 20h00 (hora de Lisboa), no Estádio de La Cartuja, em Sevilha, um encontro que será dirigido pelo alemão Felix Brych.