Seja na literatura ou no cinema, há décadas que os carros inteligentes habitam o nosso imaginário. Outrora a uma distância aparentemente impossível de transpor, os carros autónomos estão agora mais perto do que nunca com a chegada e disseminação da quinta geração das redes móveis. O lançamento do 5G está a ser feito de forma progressiva um pouco por todo o mundo e chega este ano a Portugal.
Numa sociedade ainda mais em rede, a maior digitalização das estradas, nomeadamente a nível de luzes de trânsito ou da rapidez da interação (e processo de decisão) entre automóveis — conectados à rede ou totalmente autónomos —, traz benefícios relevantes para a segurança rodoviária. A comunicação V2X (Vehicle-to-Everything) é, sem dúvida, um game changer para a circulação automóvel. Mas de que forma este avanço tecnológico é potenciado pelo 5G?
Para que a receção e tratamento de informação pelo carro conectado (com condutor, mas com apoio através do 5G) ou autónomo, bem como a comunicação com outros veículos ou mecanismos, aconteça de forma célere e sem riscos de segurança, há uma palavra-chave: latência. Falamos do tempo que uma informação demora a ser rececionada, ou seja, a diferença entre o momento em que é enviada e recebida. Esta funcionalidade das redes móveis deverá atingir valores históricos de um milissegundo com o 5G, a médio-longo prazo. Isto significa, em termos práticos, que a troca de informação vai acontecer praticamente de forma instantânea.
A latência é uma caraterística com capacidades revolucionárias para a tecnologia, que vai permitir a concretização de muitas ideias até aqui apenas teóricas e limitadas pela capacidade de resposta da rede. Não só no que diz respeito à condução autónoma, mas também áreas essenciais como a saúde – por exemplo, em cirurgias remotas – e serviços de emergência, entre muitas outras.
Mais rápido e eficaz no manuseamento de dados – que também são suportados em maior quantidade –, o 5G apresenta melhorias para a Internet das Coisas (IoT), ou seja, a totalidade de equipamentos permanentemente ligados à rede e com capacidade de comunicar entre si. Por exemplo, eletrodomésticos, automóveis autónomos, semáforos e câmaras de vigilância. Com a quinta geração das redes móveis, prevê-se que seja possível ter um milhão de equipamentos ligados à rede por km2, um verdadeiro catalisador para a dinâmica das smart cities.
Transformação rodoviária em rede
São múltiplas as possibilidades que surgem com a nova geração das redes móveis, sobretudo no que diz respeito à interação de veículo com o sistema onde se move. Vejamos alguns exemplos:
- Semáforos: O automóvel, ligado à rede 5G, chega a um cruzamento com semáforos. Com base na informação que têm do meio envolvente, os semáforos mudam de cor — podendo transitar para vermelho, por exemplo, perante a aproximação de uma ambulância. Deixará, portanto, de lhe ser apresentado um vermelho sem que nada se justifique no trânsito;
- Reação a peões: Se um peão, com um telemóvel ligado ao 5G, atravessar inesperadamente a estrada, o carro vai ter a capacidade de reagir e travar automaticamente;
- Comunicação entre veículos: Além de comunicar com a infraestrutura de trânsito, o automóvel vai também estar em comunicação permanente com outros veículos ligados ao 5G. Esta interatividade é fundamental para processos de decisão; por exemplo, qual dos veículos num cruzamento (sem visibilidade direta entre si) avança primeiro;
- Manutenção: As novas tecnologias vão permitir uma deteção mais imediata de problemas no automóvel. Além disso, podem também simplificar a comunicação entre o utilizador e uma oficina, e até a sua seguradora;
- Planeamento das estradas: A maior informação disponível sobre o trânsito, e as movimentações nas smart cities é um contributo importante para uma melhor gestão das vias. Esta partilha em larga escala resultará em estradas mais eficientes e na aplicação de estratégias de segurança (semáforos, por exemplo);
- Mapas interativos: São muitas as aplicações que nos fornecem informações de trânsito atualizadas. No futuro, esta dinâmica vai ser ainda mais fácil, com um automóvel a ter a capacidade de registar obstáculos no meio envolvente e a enviá-los para a cloud.
Uma circulação mais analítica e smart terá resultados benéficos e significativos para a segurança rodoviária, com a redução do número de acidentes com carros conectados ou autónomos, que também vão apresentar menor gravidade. A capacidade de o veículo reagir de forma automática, e bastante rápida devido à baixa latência, é também um conforto extra para os ocupantes do veículo.
Um estudo publicado pela McKinsey atesta a fiabilidade de automóveis mais tecnológicos. “As vantagens relacionadas com a segurança no trânsito começam com baixas taxas de adoção de telemática (20% ou menos)”, é possível ler-se. “Outras vantagens, como a otimização do tráfego, exigem níveis de adoção muito maiores (cerca de 40% ou mais), enquanto os benefícios para a infraestrutura da smart city precisam de uma presença telemática ainda maior (quase 80%).”
Além disso, uma gestão mais digital das estradas é também uma gestão mais sustentável, com impactos positivos nas emissões (redução da poluição), no tempo gasto nas viagens e no trânsito, otimizando assim a movimentação nas cidades.
Segundo o Business Insider, espera-se que os carros conectados cheguem aos 77 milhões em 2025, sendo que são projetados cerca de 14 milhões de veículos autónomos ou semiautónomos nas estradas dos Estados Unidos da América nesse ano. A circulação urbana começa a ganhar novos contornos e as empresas automobilísticas estão atentas a esta tendência.
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