Não é apenas do jogo desta sexta-feira que os Robertos de Itália e Bélgica se conhecem. Mancini, selecionador transalpino, e Martínez, o espanhol que lidera os Diabos Vermelhos, já vêm de outras andanças em Inglaterra. E hoje pode até dizer-se que foi uma espécie de vingança do italiano.

Estava a fazer cerca de um ano que o Manchester City tinha ganho a Premier League pela primeira vez na história do clube, naquele jogo épico e do golo de Kun Agüero frente ao QPR. O título chegou pelos pés do argentino em período de descontos e pela mão e voz do treinador Mancini, que apanhou os citizens já como grandes investidores no mercado de transferências.

Na época seguinte, o City foi eliminado na fase de grupos da Liga dos Campeões e no Campeonato inglês foi o rival United que se sagrou campeão. Restava então a final da Taça de Inglaterra frente ao modesto Wigan, treinado então por Roberto Martínez.

O Wigan, que não ganhou os últimos jogos na Premier League e acabaria até por descer de divisão depois da final, ganhou por 1-0, com um golo já depois dos 90′, surpreendendo tudo e todos. Provavelmente, surpreendendo também Mancini, que foi despedido do clube poucos dias depois, ou seja, ainda antes do Campeonato acabar… mesmo que não acreditasse nisso até então. “Os rumores duram na imprensa há seis meses. Não sei porque é que o clube não acabou com isto, porque não é correto e eu acho que não é verdade. Estarei aqui na próxima temporada. Eu conheço o futebol e sei que tudo pode acontecer e, se o boato for verdade, então sou estúpido por não acreditar nisso“, disse a dada altura.

Mais um pormenor, se é que ele não se lembrou, que Mancini pode juntar aos festejos de hoje, depois da sua equipa ganhar à Bélgica num grande jogo de futebol.

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