A meta de caminhar 10 mil passos por dia é um objetivo que muitos tentam alcançar diariamente em prol de um estilo de vida mais saudável. Várias aplicações de fitness também sugerem que esse objetivo é o recomendado. Contudo, segundo uma investigadora da universidade de Harvard, tal não passa de um mito que se popularizou numa campanha publicitária divulgada por altura dos Jogos Olímpicos de 1964 (que, tal como os que se realizam este ano, também se realizaram em Tóquio).

Um fabricante de relógios fitness criou o “medidor de 10 mil passos” — “Manpo-key” em japonês — e depois do anúncio ter sido emitido no Japão depois dos Jogos o acessório tornou-se famoso em todo o mundo e deu origem a um mito que perdurou no tempo.

Segundo um estudo de 2019 de I-Min Lee, professora de epidemiologia na escola de Saúde Pública em Harvard, não é necessário andar dez mil passos (cerca de oito quilómetros) para diminuir ligeiramente o risco de morte prematura, bastando caminhar 4.400. Apesar de ainda haver efeitos positivos para quem caminha mais de cinco mil passos diários, as vantagens deixam de ter efeito a partir dos oito mil.

Outro estudo publicado pela mesma investigadora chega à mesma conclusão: quem caminha oito mil passos diários terá metade de probabilidade de morrer precocemente de doenças cardíaca do que aqueles que andaram apenas quatro mil por dia.

I-Min Lee aconselha, em declarações ao The New York Times, que na maioria dos dias o recomendado são entre sete a oito mil passos, de forma a maximizar os benefícios das caminhadas. A especialista destaca ainda que a intensidade com que se caminha é importante. 

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