Título: Peroguarda 58/59. Alentejo
Autores: Luís Ferreira Alves, Alexandre Alves Costa
Editor: Cariátides Cultura
Páginas: 122
Preço: 28 €

Serve de catálogo e de memória futura a uma exposição na Casa da Arquitectura, em Matosinhos, mas este pequeno álbum é ainda mais do que isso. Como explica Luís Ferreira Alves numa nota enxuta, “estas imagens estavam perdidas […] no meu caótico arquivo […]. Não são uma reportagem, também não são um trabalho de campo com fins específicos. Touxeram até mim a memória de momentos exaltantes. São o testemunho dessa improvável explosão de afectos entre amigos da minha cidade (Porto) e uma aldeia alentejana mergulhada na pobreza (Peroguarda)” (p. 13). Amigos cineclubistas que, um dia, numa festa popular em Santa Marta de Portuzelo (Viana do Castelo), lembra Alexandre Alves Costa, ao lado do malogrado cineasta António Reis viram surgir “ao longe, crescendo, como numa imagem cinematográfica, um grupo compacto de homens e algumas mulheres, vestidos de escuro, tons de ocre, com uma solenidade que calou toda a gente. — Vinham abraçados e caminhavam, como um corpo só, balanceando ao ritmo lento da moda que entoavam” (p. 9).

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