Mais de 50 filmes vão estar em competição na secção principal do festival de cinema português Caminhos, em Coimbra, entre sábado e 20 de novembro, num ano em que a organização registou um elevado número de “títulos de qualidade”.

Na seleção Caminhos deste ano, regista-se “uma grande explosão de produções quer de documentário quer de ficção“, com a equipa a ter “uma grande dificuldade” em escolher os títulos, face à qualidade apresentada nas candidaturas à principal secção competitiva do festival, disse à agência Lusa Tiago Santos, membro da organização.

“Foi uma das seleções mais difíceis dos últimos anos”, acrescentou.

No festival, competem, entre outros, “A Metamorfose dos Pássaros”, de Catarina Vasconcelos, “Alcindo”, de Miguel Dores, “Chelas Nha Kau”, de Bataclan 1950 e Bagabaga Studios, “O Lobo Solitário”, de Filipe Melo, “Paraíso”, de Sérgio Tréfaut, ou “Visões do Império”, de Joana Pontes.

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Com grande parte da programação dividida entre o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) e a Casa do Cinema de Coimbra, o festival dedica também uma secção competitiva ao que se faz em contexto académico ou de formação, na Seleção de Ensaios, premiando obras portuguesas mas também internacionais.

Este ano, o festival cria também uma mostra do cinema feito nos países de língua oficial portuguesa, entre 7 e 12 de novembro, na Casa do Cinema de Coimbra, para dar uma “maior visibilidade” à produção cinematográfica lusófona, salientou Tiago Santos.

Já na Outros Olhares, seleção de cariz competitivo dedicada a obras de linguagem experimental, serão exibidas várias obras, com destaque para “Distopia”, de Tiago Afonso, que venceu recentemente na competição nacional do DocLisboa o prémio de melhor filme.

Pelo festival, haverá ainda “Turnos da Noite”, sessões dedicadas ao terror e “ao cinema explícito”, assim como uma sessão dedicada a filmes de diferentes pontos do mundo.

A cerimónia de encerramento do festival e entrega de prémios decorre no dia 20 de novembro, no TAGV, sendo precedida de um cine-concerto, em que o guitarrista Marcelo dos Reis acompanha a exibição do trecho sobrevivente de 26 minutos do filme “Três Dias sem Deus”, de Bárbara Virgínia, de 1946, que foi restaurado pela Cinemateca Portuguesa, salientou Tiago Santos.

Após o fim do festival, alguns dos filmes vencedores serão novamente exibidos.

Toda a programação do Caminhos está disponível em caminhos.info