Chama-se Badiu, será revelado ainda este mês — dia 26 de novembro — e vai ser apresentado ao vivo numa sala imponente, o Coliseu de Lisboa. Estes são os novos detalhes já conhecidos sobre o próximo álbum de Dino D’Santiago, sucessor dos discos Mundu Nôbu (2019) e Kriola (2020) e que mantém o ritmo de um álbum completo lançado por ano por Dino D’Santiago.

O cantor e músico português, um renovador da música portuguesa e das tradições rítmicas africanas — que funde com uma abordagem eletrónica e contemporânea —, vai assim apresentar Badiu a 2 de abril de 2022, no Coliseu lisboeta.

O disco, de acordo com um comunicado enviado à imprensa pela sua editora, é “influenciado pela paternidade, por várias mudanças no seu quotidiano e vida familiar, e por um contexto de pandemia que se revelou demasiado intenso”.

Dino D’Santiago, refere ainda a nota informativa, “rodeou-se dos seus companheiros de viagem habituais, de uma equipa de estúdio, músicos, produtores, família, e durante quatro semanas refugiou-se nos arredores de Lisboa, onde viveu, respirou, maturou e executou ideias, sons, pensamentos, música”.

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No disco, Dino D’Santiago e os seus colaboradores mais próximos terão mapeado o batuque, despido a Kizomba “de tudo o que é supérfluo” e colhido harmonias “onde só a morna consegue”. O músico é citado no comunicado enviado à imprensa referindo que “o conjunto de canções que compõem este álbum foram inspiradas na jornada do povo Badiu do interior da ilha de Santiago até às metrópoles da América e Europa, até à minha Quarteira umbilical”.

A música é o grande passaporte da cultura cabo-verdiana no mundo. Presente em todos os momentos marcantes da história do país, é através dela que as memórias ancestrais são catalogadas e transportadas para o futuro. Estou mais otimista do que nunca com o futuro, disposto a dar voz à poesia mas também à vida, tal como ela é, bela e trágica”, aponta ainda o músico.

A produção executiva do disco volta a ser assegurada, como acontece desde Mundu Nôbu, por uma equipa de três elementos: o próprio Dino D’Santiago, Kalaf Epalanga (antigo membro dos Buraka Som Sistema) e o produtor Senji. O disco traz ainda colaborações com Nosa Apollo, Toty Sa’Med, Branko e “vários” outros nomes.