Rosas do Equador em caixas de veludo acopladas a massagens e joias, tulipas, girassóis, margaridas, gipsófilas vermelhas e cravos são alguns dos ramos de flores com mais procura online neste S. Valentim, revelam floristas do Porto.
A pandemia da Covid-19 fez disparar no Porto a venda de flores através da internet.
Na The Florist, com loja física na Baixa portuense e com página virtual, as encomendas online para o Dia dos Namorados deste ano – 14 de fevereiro – registaram-se logo no final de janeiro e início deste mês.
Contudo, 80% dos clientes do The Florist encomendam um ou dois dias antes da celebração de São Valentim”, revelou esta sexta-feira à agência Lusa Tiago Oliveira, que com o sócio Pedro Ribeiro, fundaram a The Florist que registou a maior explosão de vendas em 2021 através do e-commerce.
As boxes (caixas) de rosas frescas do Equador são entregues às “caras metades” com “chave na mão”, ou seja, quem as recebe não tem sequer de ter o trabalho de procurar uma jarra e água. Os bouquets com as rosas que atravessam o oceano podem durar até 14 dias, pois trazem um “isolamento especial e água” para ter essa durabilidade.
Este ano, o negócio expandiu-se com três novidades que são as caixas de veludo com cinco novas cores de rosas e cinco novos cheiros, as caixas de rosas preservadas que podem durar até cinco anos, e as boxes que podem emparelhar com outros presentes, como champanhe, caixas de bombons, joias ou vouchers para massagens, descreve Tiago Oliveira.
Para Tiago Oliveira, a expectativa para 2022 é que as vendas para toda a Península Ibérica aumentem em relação a 2020, ano do início da pandemia da Covid-19. Contudo estimam que haja um ligeiro decréscimo face a 2021, ano em que houve uma explosão de venda de flores através das encomendas online.
Na Paula’s Flowers Boutique, com loja física junto ao Mercado do Bolhão, no Porto, mas que também recebe encomendas online e nas páginas das redes sociais, as rosas também são o ramo mais desejado pelos namorados e maridos, mas há também clientes a pedir tulipas, girassóis ou ramos com mistura de flores campestres.
Este ano a novidade para o Dia dos Namorados são as mini Ritinhas, onde são colocadas numa cerâmica branca 100% portuguesa seis rosas vermelha. Também há mini Ritinhas com cerâmicas bege com gipsófilas vermelhas e eucalipto.
“A maior parte dos clientes que não compra online vem comprar os ramos no próprio dia 14 de fevereiro. A partir da hora do almoço é um reboliço com tantos namorados e maridos”, conta, entre sorrisos, Paula, a gerente da loja. A sua expectativa é que esta época alta de vendas de flores seja idêntica à de 2021.
Na Lírio Flores, junto ao Hospital de São João do Porto, o negócio da venda de flores também aumentou na pandemia assim com criaram página na internet.
“A venda ao balcão está bem, mas as vendas subiram em 2021 com as encomendas online, em relação a 2020″, conta Filomena Pires, acrescentando que espera que as vendas sejam “bastante boas” para o Dia dos Namorados.
A florista Filomena Pires revela que os clientes pedem muito rosas vermelhas para o S. Valentim, que nesta altura do ano têm de vir do Equador, um dos principais produtores de rodas do mundo. Todavia, a pensar na “pegada ecológica” e para ajudar os produtores nacionais, a florista está a preparar ramos especiais de tulipas vermelhas e de cravos produzidos no Minho, Trás-os-Montes e Alentejo.
“Tento sempre vender produto nacional e este ano as novidades são os ramos especiais de cravos e os ramos de tulipas vermelhas que estamos também a fornecer nos hotéis da cidade para os jantares românticos”, relata.