A polícia de segurança nacional de Hong Kong deteve esta quarta-feira o cardeal Joseph Zen, bispo emérito da região chinesa. Outras quatro pessoas também foram detidas ou interrogadas: a advogada Margaret Ng, o investigador Hui Po-keung, a cantora Denise Hui e o antigo legislador Cyd Ho. Joseph Zen já foi libertado, mas não é claro se os outros detidos continuam sob custódia da polícia ou não.

Cyd Ho já estava preso por outro caso e, após o interrogatório, regressará para a cela. Denise Hui foi detida ainda na terça-feira no aeroporto de Hong Kong, está a avançar a imprensa local. Segundo a Reuters, Joseph Zen foi mantido na estação de polícia de Chai Wan, a mais próxima à sua residência.

As autoridades acusam os ativistas de conspiração com instituições estrangeiros por estarem envolvidos num fundo de apoio humanitário, que entretanto já foi extinto. O Vaticano já se tinha dito “preocupado” com a detenção de Joseph Zen. A Casa Branca também já reagiu ao caso e exigiu a “libertação imediata” do bispo emérito de 90 anos.

No centro do caso está a assistência financeira que o fundo humanitário onde os três eram curadores prestaram aos presos nos protetos pró-democracia há três anos. As despesas de representação legal desses detidos foram cobertos pelo fundo de apoio humanitário — que, apesar de ter sido extinto em setembro, continuou sob investigação da polícia.

Um agente no local, questionado pelos jornalistas, confirmou que “ele foi preso” e que estava naquele momento a ser submetido a um interrogatório. Pouco depois, a Agence France-Presse (AFP) avançou que Joseph Zen já tinha sido libertado.

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