O internacional português Ricardo Quaresma confirmou nesta sexta-feira a saída do Vitória de Guimarães, emblema da I Liga portuguesa de futebol, que representou por duas temporadas, e adiantou o desejo de continuar a jogar, aos 38 anos.

“Chegou ao fim a minha relação com o Vitória Sport Clube. Confesso que em campo gostaria de ter podido ajudar mais a equipa. E que senti por vezes uma certa tristeza em não me ser dada a oportunidade de o fazer como gostaria”, escreveu, na página oficial na rede social Instagram.

Autor de quatro golos e de seis assistências nos 31 jogos oficiais ao serviço dos vimaranenses na época 2020/21, correspondentes a 1.774 minutos, o extremo viu a utilização reduzida para 1.070 minutos na época recém-concluída, em que fez dois golos e uma assistência pelo sexto classificado do campeonato.

Quaresma vincou, porém, que fez o seu “papel fora de campo”, ao contribuir para a “valorização da marca Vitória e da cidade de Guimarães” e, agora, no momento da saída, para a mitigação das “dificuldades financeiras” que a SAD vimaranense atravessa, com 47 milhões de euros de passivo, segundo informação avançada na mais recente assembleia geral do clube, em abril de 2022.

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“Eu podia, vocês bem sabem, ficar mais um ano de contrato, mas também não posso ficar indiferente às dificuldades financeiras que o Vitória está a passar. Desta forma posso também ajudar o clube a poupar um pouco. Espero inspirar outros a fazerem o mesmo e a não ficarem agarrados a contratos onde só se beneficiam a si próprios”, realçou.

O antigo jogador de clubes como Sporting, FC Porto, Inter de Milão, Chelsea e Besiktas mostrou-se ainda grato pelo “carinho” e pela “frontalidade” com que foi tratado pelos adeptos vitorianos e pela “boa disposição” dos trabalhadores do clube, tendo prometido que vai continuar a jogar.

“Ainda não chegou a minha altura de arrumar as botas. Estou em forma, ainda sei jogar futebol e quero continuar a fazer aquilo que me faz feliz. Em breve, voltaremos a encontrar-nos no campo. A trivela ainda vai fazer levantar muitos estádios”, escreveu ainda o autor de 10 golos em 80 internacionalizações pela seleção portuguesa.