Mais de 60 organizações nacionais e estrangeiras (ambientalistas e políticas) subscreveram um manifesto que exige a proibição de novas explorações de petróleo e gás offshore e o fim de isenções e subsídios à pesca prejudiciais e para combustíveis fósseis.

A iniciativa é divulgada a três dias do arranque da 2.ª Conferência dos Oceanos da ONU, que decorre em Lisboa entre segunda e sexta-feira sob coorganização de Portugal e Quénia.

As mesmas organizações, a maioria ambientalistas, convocaram para quarta-feira a Marcha Azul pelo Clima, no Parque das Nações, desde a Gare do Oriente até ao Altice Arena, recinto da conferência.

O manifesto, cujo conteúdo foi divulgado esta sexta-feira em comunicado, reclama também a proibição da pesca de arrasto de fundo e “outras artes de pesca industrial e destrutiva em áreas marinhas protegidas”, a recuperação dos ecossistemas marinhos “colapsados ou sobrepescados” e de “habitats sensíveis”, como recifes de coral ou pradarias marinhas.

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Os subscritores pedem “respeito pelos pareceres científicos no estabelecimento de medidas de gestão da pesca”, uma moratória “legalmente vinculativa à mineração em mar profundo em águas territoriais e internacionais” e uma rede global de áreas marinhas protegidas que salvaguarde efetivamente pelo menos 30% dos mares e zonas costeiras a nível mundial até 2030.

As organizações exigem igualmente a adoção de um tratado da ONU sobre poluição plástica “ambicioso que regule e reduza a poluição plástica ao longo de todo o ciclo de vida” e um tratado do alto mar na próxima sessão de negociação das Nações Unidas.

Da lista de subscritores nacionais constam os partidos Bloco de Esquerda, Livre, PAN — Pessoas Animais Natureza e Movimento Alternativa Socialista e a estrutura de juventude do PS, a Juventude Socialista.