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No dia em que o charme rock and roll dos The Strokes cambaleou, o planeta Stromae revelou-se inteiro no NOS Alive

Este artigo tem mais de 1 ano

No primeiro dia de Alive, Julian Casablancas cambaleou e ameaçou descarrilar. Is This It? Já Stromae montou um verdadeiro espectáculo artístico e dançante. E ainda houve Jungle e War on Drugs.

NOS ALIVE 2022: Concerto de The Strokes, no palco principal no primeiro dia do festival. 6 de Julho de 2022 Passeio Marítimo de Algés, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR
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O vocalista dos The Strokes, Julian Casablancas, fotografado esta quarta-feira à noite no Passeio Marítimo de Algés

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

O vocalista dos The Strokes, Julian Casablancas, fotografado esta quarta-feira à noite no Passeio Marítimo de Algés

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

As críticas aos últimos concertos dos The Strokes não têm sido as melhores. A situação culminou com uma onda de comentários arrasadores depois de a banda norte-americana ter tocado na Dinamarca, no Roskilde Festival, um dos maiores festivais do norte da Europa, no passado dia 2 de julho. O crítico do Soundvenue, um site dinamarquês de notícias de cultura (sobretudo música e cinema), deu apenas uma estrela ao concerto, que descreveu como um “colapso histórico” devido à performance do vocalista Julian Casablancas. A indignação foi tal que o próprio Casablancas, geralmente alheio a este tipo de polémicas, comentou o caso no Instagram, dizendo precisamente que não costuma ligar “a coisas do Twitter” e que se encontra bem — tanto quanto sabe.

Depois do “incidente dinamarquês”, as expectativas para o concerto desta quarta-feira à noite no NOS Alive eram, no mínimo, moderadas. A juntar a isso estava o facto de os concertos anteriores em Portugal não terem impressionado pela positiva. A atuação no Passeio Marítimo de Algés, que segundo a organização recebeu esta quarta-feira 45 mil espectadores, não terá sido tão má quanto a do Roskilde Festival (“colapso histórico” não é um termo que se lhe aplique), mas esteve longe de ser memorável. Os músicos estiveram bem (nem seria de esperar menos depois), mas o mesmo não se pode dizer de Casablancas.

O vocalista entrou mal. Cambaleante e enrolando as palavras, deixou cair o microfone logo após o primeiro tema. À terceira música (“New York City Cops”) parecia ter encarrilado, mas continuou a protagonizar vários momentos bizarros ao longo do espetáculo, sobretudo quando tentava comunicar com o público, que teve dificuldade em perceber o que lhe tentava dizer. E não foi por falta de falar — o vocalista falou, falou e falou (sobre o quê mesmo?), ao ponto de levar uma fã exclamar: “Epá, mas ele não se cala?”.

NOS ALIVE 2022: Concerto de The Strokes, no palco principal no primeiro dia do festival. 6 de Julho de 2022 Passeio Marítimo de Algés, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR NOS ALIVE 2022: Concerto de The Strokes, no palco principal no primeiro dia do festival. 6 de Julho de 2022 Passeio Marítimo de Algés, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR NOS ALIVE 2022: Concerto de The Strokes, no palco principal no primeiro dia do festival. 6 de Julho de 2022 Passeio Marítimo de Algés, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR NOS ALIVE 2022: Concerto de The Strokes, no palco principal no primeiro dia do festival. 6 de Julho de 2022 Passeio Marítimo de Algés, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Mas o momento mais bizarro foi quando, a meio da atuação, após “What Ever Happened?”, a banda subitamente desapareceu. O público ficou sem saber o que fazer. Devia bater palmas? Pedir que os Strokes voltassem? Virar as costas e ir embora? Enquanto se questionava, o grupo lá regressou ao palco para “You Only Live Once”, tema de First Impressions on Earth e penúltimo de um concerto que teve os seus momentos baixos e parados, mas também alguns momentos extraordinários, como em “Bad Decisions”, quando Casablancas pareceu sair por breves minutos do torpor em que se encontrava.

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O alinhamento percorreu os vários álbuns da banda, desde o brilhante disco de estreia, Is This It (2001), ao álbum mais recente, The New Abnormal (2020). Houve “Under Cover of Darkness”, “Reptilia” e, a fechar, “Juicebox”, mas não houve “Last Nite” — para desalento de muitos. Temas míticos de uma banda igualmente mítica — quer se queira quer não. Os The Strokes podem não ser os melhores ao vivo — sobretudo por causa da postura deslocada de Casablancas e a fraca presença em palco — mas o lugar que ocupam na história do indie rock já ninguém lhes tira.

Na batida e na palavra de Stromae parece estar o mundo inteiro

Terminado o concerto dos The Strokes, aproximando-se a hora da atuação do belga Stromae — responsável pelo encerramento do palco principal —, foi possível ver um fenómeno curioso: parte dos fãs de longa data dos agitadores do indie, nos seus “intas” quando não nos “entas”, foi recuando, em alguns casos até saindo do recinto, para deixar as filas da frente quase exclusivamente para os mais novos.

Fez mal, quem saiu e não quis dar uma oportunidade a Stromae, por desconfiança geracional ou puritanamente estética. Não é preciso conhecer a fundo as ramificações do panorama musical belga do presente para imaginar que será, no seu país (o de Jacques Brel, de quem Stromae aliás é admirador), um talento que marca uma geração, um daqueles músicos que consegue pôr uma identidade artística própria a dançar um tango com o sucesso e as multidões.

Com um cuidado e detalhe cénico espantosos, os músicos a tocar alinhados atrás de si em plataformas Kraftwerkianas, Stromae foi apresentando a sua música difícil de classificar. Por ali cabem ritmos africanos, naturais em quem cresceu filho de um ruandês, um certo balanço sul-americano, de aroma cubano talvez?, mesclados com hip-hop e géneros “malditos” para os melómanos, do eurodance às batidas eletrónica eufóricas da mais recente EDM, que surgem porém desviantes, quase subvertidos, recriados e reimaginados a cada curva das canções.

Quase sempre de sorriso rasgado, visivelmente feliz por ali estar e voltar a atuar ao vivo — algo que deixou de fazer durante alguns anos, por motivos complexos que vão desde problemas de saúde mental à vontade de fugir da fama e dos holofotes públicos —, Stromae foi apresentando a sua música festiva, às vezes mais obviamente dançante, outras vezes menos, deixando sempre uma impressão de que estes sons são novos, de que esta fórmula musical é só sua.

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Também não é preciso avançarmos mais dias para ficarmos já com a impressão de que este foi um dos concertos mais importantes desta edição do NOS Alive. Num festival que, pela dimensão, acaba a voltar-se muitas vezes para históricos do passado para atrair espectadores, a estreia em Portugal do músico belga, que chegou a estar confirmado para a edição de 2015 mas não pôde atuar, teve particular impacto.

Esta música é mesmo daqui e de agora, o novo disco que motivou a digressão (Multitude) saiu apenas este ano e Stromae chegou a Portugal no momento perfeito, já com a popularidade alimentada por sucessos e discos passados (Cheese, de 2010, e o muito bom Racine Carrée, de 2013) mas com a criatividade e a maturação da sua elaborada visão artística em pontos de rebuçado.

As canções mais celebradas foram “Papaoutai”, “Formidable” e (esta interpretada no encore) “Alors On Dance”. Mas todo o concerto foi coeso e novos temas como “Fils de joie”, “Bonne journée” e “Santé” revelaram-se belíssimos acrescentos aos espectáculos ao vivo de Stromae, juntando-se a outros mais antigos como “Tous Les Mêmes”.

No palco víamo-lo dançar com a cara a reluzir de suor, saltar, sentar-se, deitar-se, ajoelhar-se, agachar-se, deslocar-se de um lado para o outro com um controlo perfeito do microfone e do público, como se o que tivéssemos diante de nós fosse tanto um concerto quanto uma performance teatral ou um filme (não por acaso, tudo terminou com créditos a surgirem no ecrã).

Percebemos, pela forma como dizia as palavras, que é um artista de corpo inteiro, um excepcional cantor de voz grave, um renovador da canção francófona com um pé na nova pop mais reconhecível e o outro em ritmos de mundos desconhecidos. E quando notamos que se imiscui um cavaquinho numa batida dançante que nunca ouvíramos, mas que soa familiar q.b., já não nos surpreendemos: é o planeta Stromae a abrir a porta ao cosmos todo.

De janela aberta, Adam e a sua “E Street Band” põem o rock on the road

Antes da celebração festiva e comunitária de Stromae, o mundo a parecer melhor com o balanço eletrónico subversivo do belga, e antes até do delicado equilibrismo dos The Strokes entre coolness rock and roll e decadência, o palco principal do NOS Alive foi dos The War on Drugs.

O vocalista e mentor das canções chama-se Adam Granduciel e a sua missão é recontar a história da América, dos anos 80 e do velho rock americano em canções novas. Durante uma hora vimos os fantasmas de Bob Dylan, Neil Young e Bruce Springsteen a pairar, mas quem estava mesmo em palco era Adam acompanhado da sua própria versão inventada da E Street Band.

Entre teclistas — três, a levar o rock para os 80’s (mas uma versão atualizada, superlativa, dos 80’s) —, baterista, guitarristas e um saxofonista, mas com elementos faz-tudo a multiplicarem-se entre instrumentos, vimo-los dar o seu segundo melhor concerto em festivais portugueses. Não superou a atuação de 2015 em Paredes de Coura, que apanhou os The War on Drugs no momento mais precioso da sua discografia (depois de Lost in The Dream, obra-prima do grupo, e do recomendável Slave Ambient), mas esteve uns furos acima quer do concerto chuvoso de 2018, no Primavera Sound do Porto, quer da atuação tecnicamente acidentada de 2014, num palco secundário deste mesmo festival.

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Os The War on Drugs são uma banda, é certo, mas o pulmão do grupo está em Adam Granduciel. Impõe-se de cabelo comprido e óculos escuros, desfasado da contemporaniedade e alienado dos seus ritmos, a desafiar o bom gosto com um classicismo de rock épico-melancólico. Vemo-lo solar na guitarra sem medo de parecer foleiro, pernas entreabertas à rocker, corpo ligeiramente curvado, dedos da mão esquerda inquietos de emoção a percorrerem várias notas no riff, pés a pisarem os pedais de efeitos.

Entre canções há trocas de guitarras constantes. E a música é profundamente americana, uma espécie de romance épico-solitário on the road, um loner em fuga automóvel e de janela aberta a percorrer as infinitas estradas da América.

Há canções recentes que nos lembram que os últimos discos, apesar de menos inspirados, continuam a ter pérolas: “A Deeper Understanding” é um exemplo, “Pain”, “Strangest Thing” (apresentada como: “we can slowdance too”) e “I Don’t Want to Live Here Anymore” outros. Mas são os velhos temas que mais comovem: “Red Eyes” e os seus gritos springsteenianos, cheios de urgência de uma outra vida, ou “Under the Pressure” prolongada numa jam épica, a gerar cerveja voadora e cânticos improvisados a acompanhar o ritmo nas primeiras filas. Uma hora despachada em nove longas canções e um fim a recordar-nos que esta é mesmo uma das grandes bandas de guitarras dos nossos tempos.

Quem precisa de uma aula de ginásio quando tem os Jungle?

Se a relação entre banda e público foi carburando gradualmente e lentamente ao longo do concerto dos The War on Drugs, tal deveu-se ao concerto anterior no palco principal, cortesia dos britânicos Jungle. Não é fácil entrar em campo, pegar na batuta e serenar corações depois de uma atuação que funcionou como um desfibrilhador de dança, mais eficaz a gerar movimentos constantes do que muitas aulas de ginásio.

Não existia já, por esta altura, grande dúvida de que um concerto dos Jungle assenta a um festival de verão como uma luva, que gera sorrisos e inventa corpos dançantes como pouco. As cinco atuações anteriores não deixavam margem para desconfianças e a última, em 2019 no Meco (Super Bock Super Rock), provara-o com particular acuidade. Mas entretanto os Jungle reforçaram o estatuto de reis da festa com um disco novo, Loving In Stereo, lançado em 2019, e foi com um dos singles infecciosos desse disco, “Keep Moving”, que o Passeio Marítimo de Algés começou a virar festival de verão puro.

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Apesar de os destinos e rumo da banda estarem a cargo de Tom McFarland (cabelo comprido) e Josh Lloyd-Watson (cabelo entre o curto e o rapado), os líderes da pandilha, em palco é uma catrefada de gente que — é nítido — diverte-se à brava a tocar e cantar estas canções, que contagia o público pela energia. Entre a desenvoltura livre do funk e o brilho da disco, a máquina Jungle avança sempre alinhada, num deboche bom de melodias, percussões e falsetes, sintetizadores e baixos.

O groove vai comandando a festa, até a pandeireta entra em cena para nos lembrar que é um dos instrumentos mais subvalorizados do mundo da música. As canções sucedem-se, mais ou menos todas no mesmo registo, o “bloco” não para: aqui a recente “Talk About It”, ali “Smile”, mais à frente “What D’You Know About Me”, quase a acabar “Time” a pôr tudo aos saltos, a rematar “Busy Earnin’”. Pouco antes do final víamos Geo Jordan, teclista, guitarrista e baixista (mas também percussionista), a solar com uma “stinky face”, um esgar no rosto que tanto pode ser de nojo (é-o habitualmente) como impressão forte causada pelo groove do som (foi-o aqui). Voltem sempre, rapazes: enquanto houver pôr-do-sol ou início de noite, não há festival português que não vos abrace.

O calor tropical de Mallu Magalhães

Às 18h o sol ainda ia alto, mas no palco já se punha para Mallu Magalhães, que surgiu rodeada por luz e cores quentes. A brasileira residente em Portugal foi a primeira artista a subir ao palco principal do NOS Alive, perante um recinto ainda a meio-gás.

Com uma sonoridade mais adequada a recintos fechados, Mallu criou, no entanto, um bom ambiente no arranque desta edição do festival do Passeio Marítimo de Algés, apresentando um alinhamento composto por temas novos e antigos e mais conhecidos do público, que não se fez rogado e cantou e dançou com a cantora e compositora. “Estou tão feliz por estar aqui a abrir estes dias de memórias felizes”, disse Mallu, com um sorriso de orelha a orelha. A alegria espalhou-se — e todos se renderam aos encantos da brasileira.

“Enjoy the Ride”, tema escrito para a filha, foi dedicado a Luísa, que costuma assistir a todos os concertos da mãe, e a todos os que estavam em Algés. A fechar, Mallu e a sua banda tocaram “Mais Ninguém”, possivelmente o tema mais conhecido da cantora e compositora brasileira, e “Muitos Chocolates”, da Banda do Mar, fundada por Mallu, o marido, Marcelo Camelo, e Fred Ferreira, em 2014. Ao fim de uma hora de concerto, Mallu saiu do palco com uma ovação e pedidos de “só mais uma uma”, que não chegou — culpem-se os constrangimentos de festival.

NOS ALIVE 2022: Concerto de Mallu Magalhães no Palco Principal do festival, no dia 6 de Julho de 2022 Lisboa, 6 de Julho de 2022 ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR NOS ALIVE 2022: Concerto de Mallu Magalhães no Palco Principal do festival, no dia 6 de Julho de 2022 Lisboa, 6 de Julho de 2022 ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR NOS ALIVE 2022: Concerto de Mallu Magalhães no Palco Principal do festival, no dia 6 de Julho de 2022 Lisboa, 6 de Julho de 2022 ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR NOS ALIVE 2022: Concerto de Mallu Magalhães no Palco Principal do festival, no dia 6 de Julho de 2022 Lisboa, 6 de Julho de 2022 ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Uma descarga elétrica chamada Fontaines D.C.

Já os norte-americanos Modest Mouse deviam ter encerrado o palco secundário (o Heineken Stage), mas o cancelamento de último hora da cantora e compositora norte-americana Clairo (também Glass Animals e Tom Misch cancelaram) obrigou a uma alteração de última hora — em vez de atuarem à 1h, tocaram às 20h. Um horário que provavelmente os prejudicou, uma vez que a maioria do público se encontrava a essa hora junto ao palco principal, onde estavam os Jungle. No entanto, não impediu que uma barulhenta plateia se reunisse junto ao Heineken Stage. Esta recebeu com gritos e palmas os temas da banda de rock, que deu um concerto competente à hora de jantar.

Os Fontaines D.C. vieram a seguir, à hora combinada — 21h30, uma hora antes do início da atuação dos The Strokes, no palco principal, na outra ponta do recinto. Os irlandeses trouxeram ao Passeio Marítimo de Algés o novíssimo Skinty Fia, lançado em abril passado. O nome do álbum, o terceiro de originais, é uma referência a uma antiga expressão irlandesa que a tia-avó do baterista, Tom Coll, costumava usar, que significa “a condenação do veado”. Tanto o artwork como o título do disco aludem ao veado gigante, uma espécie animal há muito extinta.

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As referências podem ser enganadoras — não há nada de folclórico no post-punk dos Fontaines, que foi feito para ser apresentado e apreciado ao vivo na companhia de uma cerveja gelada. No palco secundário do NOS Alive, os temas ganharam uma nova vida, à medida que iam sendo disparados sem dó nem piedade no meio de um denso nevoeiro.

Grian Chatten, o vocalista, fazia lembrar Ian Curtis na postura e nos maneirismos, embora a sonoridade dos Fontaines não se aproxime muito da dos Joy Divion. Irrequieto e furioso, Chatten dominou o palco e o espetáculo. Saltou e gritou — e os fãs saltaram e gritaram com ele. Só é pena que o horário em que os Fontaines tocaram, colado ao início do concerto dos The Strokes, tenha impedido uma maior enchente junto ao Heineken Stage. Os irlandeses mereciam-no.

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