São conhecidos os focos de tensão, que acabam sempre por ganhar força redobrada quando chega ao mercado um novo título. Conhecido pelo estilo provocador, Tow Bower promete desarrumar ainda mais a casa dos Windsor graças a “Revenge”, uma saga sobre a “guerra”, como lhe chama, entre os Sussex e os membros séniores do clã real. Num excerto do livro, publicado em exclusivo no diário britânico The Times, o autor detalha a relação com polémica quanto baste e regressa a episódios mais ou menos recentes. Uma das confissões com maior peso será porventura o desabafo que Isabell II terá feito “de forma muito clara” sobre a ausência de Markle do funeral do seu marido, o príncipe Filipe. “Felizmente a Meghan não vem”, comentou a rainha ao seu círculo mais próximo.

Recorde-se que, em abril de 2021, apenas o príncipe Harry viajou dos EUA para o Reino Unido para comparecer no serviço fúnebre do avô, com o casal a justificar então a permanência da duquesa na Califórnia devido ao avançado estado de gravidez. Sobre o dia do funeral, Bower alegou que o duque parecia nervoso porque sabia que tinha filmado uma entrevista para a Apple TV sobre saúde mental na qual criticou a sua educação, com a transmissão adiada até depois do funeral. “William parecia tenso, Kate serena, Charles visivelmente angustiado. Apenas a expressão de Harry desafiou uma análise precisa”, escreve o autor, citado pelo The Telegraph. “Sentada sozinha e isolada, a dor do monarca de 94 anos estava escondida atrás de uma máscara negra”, acrescenta ainda. “Todos ficaram comovidos com sua dignidade.

À semelhança do que acontece com outros lançamentos de teor não oficial, o palácio de Buckingham recusou comentar as alegações do biógrafo. Também o porta-voz do casal Sussex ainda não reagiu à publicação.

O alívio da monarca, manifestado em vésperas das exéquias, no Castelo de Windsor, é apenas uma das revelações contidas na obra editada pela Bonnier Books Ltd. Tom Bower, que anteriormente assinou as biografias de Tony Blair, do príncipe Carlos e de Boris Johnson, regressa ainda à famosa capa da Vanity Fair que Meghan Markle protagonizou em 2017. Fotografada por Peter Lindbergh para a primeira página da prestigiada revista, Markle era ainda uma pouco conhecida atriz de Suits, secretamente comprometida com um príncipe (o próprio autor do artigo, Sam Kashner, confessou que não sabia quem era a entrevistada até esta entrevista). Aquela que viria a ser a futura duquesa de Sussex terá ligado à sua equipa de relações públicas, “histérica”, quando percebeu que a entrevista organizada não correra como esperado: o destaque fora dado à sua relação com o príncipe e não ao seu ativismo e “obra global de filantropia”, como pretendia ser conhecida.

Após a publicação da revista, Bower afirma que Harry permaneceu “totalmente leal” mas em Londres o título “Doida por Harry” enfureceu o palácio.

A biografia, intitulada “Vingança: Meghan, Harry e a guerra entre os Windsors” é editada no próximo dia 21 de julho, com Tom Bower a prometer o recurso a “fontes especializadas e entrevistas de pessoas no ciclo íntimo que nunca falaram antes” para “desfazer a emaranhada teia em torno dos Sussexes e do seu relacionamento com a família real”.

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