O BCE afirma que os bancos endureceram no segundo trimestre os padrões da concessão de crédito às empresas e às famílias, para a compra de casa e consumo, devido à incerteza e porque a política monetária é menos expansionista.
Na sequência do último inquérito sobre o crédito bancário, o Banco Central Europeu (BCE) informou esta terça-feira que 16% dos bancos inquiridos afirmaram ter tornado as condições da concessão de crédito mais restritivas para as empresas no segundo trimestre (contra 6% no primeiro trimestre).
O BCE indicou também que 24% dos bancos inquiridos disseram ter tornado as condições dos empréstimos às famílias para a compra de casa mais restritivas (contra 2% no primeiro trimestre).
Assim, 9% dos bancos da zona euro endureceu as condições dos empréstimos ao consumo no segundo trimestre, contra 5% que as aliviaram no primeiro trimestre.
Os bancos tornaram as condições para os empréstimos hipotecários mais rigorosas de forma acentuada e moderada para os empréstimos ao consumo e outros empréstimos às famílias.
As normas de crédito são orientações ou critérios internos dos bancos para a aprovação de empréstimos.
Os bancos consideram que os riscos aumentaram e a tolerância ao risco foi reduzida e, por conseguinte, apertaram os critérios para a concessão de empréstimos às empresas “no contexto de maior incerteza, problemas da cadeia de abastecimento e preços elevados da energia e dos fatores de produção”, afirma o BCE.
Além disso, a política monetária é menos expansionista e os custos de financiamento para os bancos e restrições do balanço aumentaram.
Como resultado, os bancos da zona euro apertaram as condições da concessão de crédito às empresas e às famílias no segundo trimestre.
Os bancos planeiam apertar as condições de empréstimo no terceiro trimestre.
O BCE conduziu este inquérito, que realiza quatro vezes por ano para melhor compreender a concessão de crédito dos bancos, entre 10 e 28 de junho, entre 153 bancos da zona euro.