O Boom Festival, que decorreu em Idanha-a-Nova, de 22 a 29 de julho, proporcionou mais de 430 horas de música, promoveu 142 horas de conferências e 165 workshops e teve 544 artistas de vários países.

O programa oficial contou com um total de 894 pessoas e 21 palcos oficiais: 544 artistas, 181 facilitadores, 69 assistentes e 100 terapeutas, proporcionando mais de 430 horas de música aos visitantes do Festival”, disse à agência Lusa Artur Mendes, membro da organização.

A organização adiantou que estiveram na Boomland cerca de 40 mil visitantes, sendo que 15% eram portugueses.

Penso que as mais de 40 mil pessoas que estiveram no Boom gostaram muito desta edição. A paragem forçada elevou muito as expectativas, realmente tinha de sair tudo bem. E isso aconteceu. Estamos muito contentes”, sublinhou.

O Programa Boom Bus, composto por 176 autocarros, transportou boomers para o Festival e ajudou a reduzir a pegada ecológica, e a promover a mobilidade partilhada.

Vieram de automóvel 6.737 boomers, 120 vieram de bicicleta, 5.543 deslocaram-se a pé e estiveram presentes 1.674 de autocaravanas”, refere a organização.

Artur Mendes disse ainda que os 44 restaurantes em funcionamento durante o Festival, ofereceram, em 85% dos casos, opções vegetarianas e/ou vegan, compostas em cerca de 70% com produtos da região de Castelo Branco, metade dos quais do concelho de Idanha-a-Nova.

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“Quinze por cento dos fornecedores da Cantina Boomland eram de Idanha, 32% da região de Castelo Branco e os restantes 53% de outras regiões do país”, frisou.

A recolha de resíduos durante o evento esteve diariamente a cargo de mais de 200 pessoas, que supervisionaram 293 ecopontos, ou seja, 497 divisórias de reciclagem, e 238 contentores de resíduos sólidos urbanos.

A organização também não permitiu a presença de garrafas de plástico no recinto do Festival.

Na edição de 2022, pusemos à prova a nova estação de tratamento de águas residuais da Boomland, com capacidade para armazenar até sete milhões de litros de água e tratar quase 100% da água consumida no Festival”, frisou o responsável.

O Boom Medical Service do Boom, composto por um hospital equipado, um posto médico, dois postos avançados de emergência junto aos palcos principais e vários espaços de primeiros-socorros, teve em serviço de assistência permanente (24 horas), cinco médicos, acompanhados por outras equipas de especialistas, entre os quais, três psiquiatras, três enfermeiros, dois fisioterapeutas, psicólogos e outros terapeutas.

A equipa que organizou a 13ª edição do Boom Festival envolveu mais de 2.100 pessoas, provenientes de 59 nacionalidades.

Artur Mendes deixou ainda uma palavra de “apreço e de agradecimento” a todas as autoridades envolvidas, às dezenas de pessoas que ajudaram a realizar este evento e, em especial, ao presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.

“A sua capacidade para juntar as peças todas, mesmo nos momentos mais difíceis, colocam-no num patamar que tem de ser sublinhado”, realçou.

Estou também a pensar na Proteção Civil, nos delegados de saúde pública, e nos bombeiros, estou a pensar nos médicos e enfermeiros… e, claro, não me esqueço da GNR, fundamental para a boa gestão das entradas, para a circulação das pessoas e para reforçar as medidas de autoproteção. Há três palavras-chave: trabalho, coordenação e sentido cívico. Tenho a perfeita noção de que a organização, público e autoridades. Todos puxámos para o mesmo lado. O êxito pertence, portanto, a todos”, concluiu.