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Os acionistas da rede social Twitter aprovaram, esta terça-feira, a venda da empresa a Elon Musk por 44 mil milhões de dólares (cerca de 43 mil milhões de euros). A votação estava na agenda da empresa há algum tempo. Esta questão foi descrita como uma formalidade e manteve-se apesar da desistência de Musk e do julgamento de outubro. O facto de não ter sido retirado da agenda da empresa poderá sinalizar que a companhia continua a levar o negócio a sério.

No final de agosto, o empresário enviou uma nova carta ao Twitter invocando acusações do antigo chefe de segurança da empresa, Peiter Zatko, para justificar com mais argumentos o abandono da compra.

“Alegações sobre determinados factos conhecidos pelo Twitter antes ou a 08 de julho de 2022, mas não divulgadas aos representantes de Musk antes ou nessa data, surgiram depois e constituem razões adicionais para pôr fim ao acordo de compra”, escreveu Mike Ringler, um dos advogados de Musk, numa carta ao responsável jurídico do Twitter.

Ringler refere-se a alegações de Peiter “Mudge” Zatko, ex-responsável pela segurança do Twitter, que apontou falhas de cibersegurança da plataforma e acusou os dirigentes de terem mentido sobre os meios usados para combater contas falsas e ‘spams’.

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Musk depôs também um documento junto do regulador da bolsa norte-americana, alertando-o para as razões adicionais que justificam ter abandonado o projeto de aquisição do Twitter.

A decisão de desistir da compra foi anunciada no início de julho, com Musk a acusar a empresa de não ter respeitado os acordos e de não ter comunicado o número exato de contas falsas e ‘spams’.

A desistência levou o Twitter a processar o multimilionário para o obrigar a honrar os termos do acordo. O julgamento, que vai durar cinco dias, começa em 17 de outubro num tribunal especializado do Delaware.