Hong Kong perdeu o título de principal centro financeiro da Ásia para Singapura, numa classificação mundial em que Nova Iorque e Londres mantêm o primeiro e o segundo lugares, respetivamente.

Singapura subiu três posições no Índice Global de Centros Financeiros (GFCI, na sigla em inglês), respeitante à primeira metade do ano, divulgado na quinta-feira, ocupando o terceiro lugar.

Este ranking avalia a competitividade de 119 centros financeiros em todo o mundo.

Outrora um centro de transportes e logística asiático, Hong Kong ficou isolada do mundo durante mais de dois anos devido às políticas antipandémicas, de acordo com a estratégia de zero casos da China.

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Pelo contrário, Singapura eliminou as restrições à entrada de pessoas e reabriu as fronteiras no início do ano.

A cidade-Estado vai receber o Grande Prémio de Fórmula 1, na próxima semana, assim como uma série de conferências económicas nos próximos meses. O país espera registar quatro milhões de visitantes este ano.

Num comunicado, o governo de Hong Kong sublinhou que a pontuação da região chinesa no GFCI melhorou em comparação com o índice de 2021.

Continuaremos a recolher opiniões e a ser ousados a avançar com reformas destinadas a consolidar e fortalecer o mercado de capitais de Hong Kong e o nosso papel como centro financeiro internacional”, referiu o comunicado, que não menciona as restrições ligada à pandemia.

São Francisco, na costa oeste dos Estados Unidos, conquistou o quinto lugar no GFCI, subindo duas posições. Xangai, no nordeste da China, afetada por um longo confinamento este ano, está em sexto lugar, seguida por Los Angeles (oeste dos EUA), Pequim e Shenzhen, adjacente a Hong Kong.

A partir de 12 de agosto, Hong Kong passou a permitir aos viajantes permanecer em quarentena durante três dias num hotel designado, e depois submeterem-se a quatro dias de vigilância médica.

Na quinta-feira, o secretário das Finanças da região chinesa, Paul Chan Mo-po, mostrou-se favorável a facilitar a entrada de pessoas vindas do estrangeiro, para promover um maior investimento.

De acordo com fontes citadas pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, o governo da região está a preparar o fim da quarentena em locais designados, substituindo-a por uma semana de “autovigilância médica”, possivelmente em casa.