O “evento de precipitação forte” que se abateu sobre o território nacional na noite de quarta-feira “ainda não terminou”, embora a avaliação feita pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) face ao estado do tempo seja agora “um bocadinho mais otimista”.
O presidente do IPMA, Jorge Miguel Miranda, garantiu em declarações à Rádio Observador que “toda a gente está muito alerta” e que “todas as autoridades em particular as locais estão muito preparadas”. “Portanto, é expectável que a situação vá melhorando progressivamente”, notou.
Estamos numa altura de progressivamente voltar ao normal, que podemos ter neste período”, apesar de a noite desta sexta-feira ter sido chuvosa praticamente em todo o país, destacou Jorge Miguel Miranda.
O presidente do IPMA garantiu ainda que a previsão meteorológica vai ser ajustada ao longo dos próximos dias e disse que existem sempre erros a corrigir, sendo necessário estar “o mais atento possível”. Além disso, alertou para o risco da ocorrência de mais fenómenos extremos.
Seis distritos acordam com aviso laranja. IPMA alerta para repetição do risco de fenómenos extremos
Questionado sobre se a noite desta quinta-feira foi como o IPMA tinha previsto, o presidente do instituto recordou que a precipitação “também tem aspetos positivos”. “Não podemos esquecer: nós estamos no fim de uma época de seca muito prolongada”.
Os valores de precipitação, segundo Jorge Miguel Miranda, estão a ajudar a repor os níveis nas barragens: “Se se verificarem os dados que estão a ser difundidos pela Agência Portuguesa do Ambiente, em particular no que diz respeito às barragens que são fundamentais para o país para a produção de energia, já há uma reposição muito significativa dos valores armazenados”.
A tempestade que se abateu sobre o território nacional na noite de quarta-feira colocou seis distritos do território nacional (Lisboa, Leiria, Setúbal, Santarém, Évora e Faro) sob alerta laranja. À Rádio Observador, Jorge Miguel Miranda disse que era “natural” que os distritos passassem a “nível amarelo”. A previsão do presidente do IPMA verificou-se e Portugal continental está, neste momento, todo sob aviso amarelo.