Quando se passa por uma moeda caída no chão e se repara que o tamanho não é digno do esforço que seria despendido no movimento de a apanhar, a ignorância prevalece perante a falta que aqueles cinco cêntimos adicionariam à carteira onde seriam colocados, deixando passar em claro que anteriormente pertenciam a alguém.
No dia seguinte, perante a mesma situação, adota-se igual atitude. Na próxima semana, o mesmo. No mês que vem, novamente a mesma inação. Certo dia, chega-se à garrafeira e faltam trocos para completar o pagamento do champanhe que se contava usar nos festejos e pensa-se no jeito que teria dado desenferrujar o corpo de preguiça e fletir as costas para apanhar as moedas que, em acumulado, teriam mais valor do que a sua individualidade poderia fazer parecer.
Numa competição de regularidade, os pontos que definem a classificação final também se amealham pelo caminho e nem aqueles que aparentemente possam parecer mais fáceis se podem desperdiçar. O mesmo é dizer que o Benfica, do pedestal da liderança e da época consistente que está a realizar, não se pode dar ao luxo de deixar para trás o que no fim lhe pode valer o título. Na viagem à Capital do Móvel, em encontro antecipado da jornada 20, os encarnados defrontavam o último classificado da Primeira Liga, o Paços de Ferreira, e, mesmo perante a hipotética facilidade de uma vitória no confronto, havia esforços a fazer para sair com a vitória.
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