O Presidente brasileiro, Lula da Silva pediu esta quinta-feira aos membros do Congresso que mantenham um diálogo harmonioso com o executivo e defendeu um “novo regime fiscal” a ser aprovado no Congresso.

A mensagem, enviada no início de uma nova legislatura, foi entregue ao Congresso pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e lida na sessão plenária pelo deputado Luciano Bivar, membro do conselho executivo da Câmara dos Deputados.

“Honrado pelo povo brasileiro com um terceiro mandato, volto a me dirigir ao Parlamento para propor uma atuação harmónica, ainda que independente, em favor da reconstrução do Brasil. Reconstrução urgente e necessária porque o Brasil e o povo brasileiro foram submetidos, nos últimos quatro anos, a um estarrecedor processo de fragilização das instituições e de negação de direitos e oportunidades”, lê-se na mensagem.

“O Congresso Nacional, recentemente, deu duas demonstrações cabais de seu compromisso com o povo brasileiro”, frisou, referindo-se às reeleições na quarta-feira de Rodrigo Pacheco e Arthur Lira para presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, respetivamente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na mesma mensagem, Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a construção de um novo regime fiscal no país, já que, na sua opinião, o Estado encontra-se “em profundo desequilíbrio fiscal”.

O teto de gastos teve efeitos destrutivos sobre as políticas sociais, ao mesmo tempo que se tornou absolutamente inócuo como instrumento de controle fiscal. Vamos construir um novo regime fiscal para o Brasil”, afirmou.

Lula da Silva reiterou na sua mensagem que as prioridades do seu Governo serão pôr fim à fome que atualmente afeta cerca de 33 milhões de brasileiros, “tomar conta” dos mais necessitados e promover políticas que gerem “emprego, rendimento e dignidade”.

Segundo o Presidente, o brasileiro “quer paz para estudar, trabalhar, cuidar da família e ser feliz”.

“Quer de volta o direito de sonhar e as oportunidades para construir um futuro digno para si e para as gerações que virão”, frisou, acrescentando que tanto o Governo como o parlamento devem “as condições necessárias para que isso seja possível”.

Lula da Silva agradeceu a reação firme das duas câmaras legislativas “face aos atos terroristas de 08 de janeiro”.

“Os três poderes da República jamais permitirão que qualquer aventura autoritária vingue em nosso país”, garantiu.