O Presidente da República disse que já está em curso uma fiscalização ao que se passou na Madeira, depois de o navio NRP Mondego não ter cumprido uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo. Treze militares recusaram-se a embarcar por razões de segurança e, ao mesmo tempo que fala da investigação, Marcelo garante agora que a “manutenção” da frota é uma “prioridade”.

O caso já pôs em contacto o Presidente, que é também Comandante Supremo das Forças Armadas, e a ministra da Defesa, Helena Carreiras, para apurar o que se passou com os militares que recusaram a ordem superior. “Está em curso uma fiscalização para verificar o que se passa com o navio e apurar o porquê da atitude dos militares”, avançou Marcelo à margem de uma visita ao campeonato mundial de surf, na etapa de Peniche.

Marinha falhou missão de acompanhamento de navio russo após 13 militares terem recusado embarcar

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“Tudo está a ser fiscalizado”, garantiu o Presidente, que assumiu, no entanto, que a manutenção dos equipamentos das Forças Armadas “é uma das prioridades do presente e do futuro”. E isto porque “sem manutenção há risco de obsolescência e de degradação das capacidades militares portuguesas”, afirmou ainda.

Marcelo relembra que o Orçamento do Estado para 2023 já “reforçou muitíssimo” esta componente e que a Lei de Programação Militar “vai reforçar” também, disse concordando com a ministra da Defesa.

A atitude dos militares que recusaram embarcar levou a Marinha a considerar que os 13 operacionais “não cumpriram os seus deveres militares, usurparam funções, competências e responsabilidades não inerentes aos postos e cargos respetivos”. “Estes factos ainda estão a ser apurados em detalhe, e a disciplina e consequências resultantes serão aplicadas em função disso”, referiu a Marinha, numa nota enviada à agência Lusa.