A Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP) está a desenvolver um ciclo alargado de comemorações dos 900 anos da criação do país, querendo começar as celebrações em 2025, em Zamora, Espanha, foi anunciado esta quarta-feiro.
“Em 2025, será celebrada, na catedral de Zamora, a investidura de Afonso Henriques como cavaleiro […]. Tencionamos estar no domingo de Pentecostes, em 2025, a celebrar os 900 anos e a celebrar esse gesto de ousadia de Afonso Henriques de se armar a si próprio”, afirmou o presidente da SHIP, José Ribeiro e Castro, que falava à agência Lusa, hoje, em Coimbra, no final da apresentação de uma escultura do primeiro rei português, cuja criação foi dinamizada pela Grã Ordem Afonsina e que irá ser inaugurada no final do mês de abril em Zamora.
Segundo o responsável, a Sociedade Histórica defende um “ciclo largo de comemorações dos 900 anos” da criação de Portugal, face às várias datas e disputadas sobre “quando nasceu” o país”.
“Há quem diga que foi na batalha de São Mamede [1128], com o tratado de Zamora [1143] ou até em 1139, com a batalha de Ourique, havendo a última data, a bula papal de 1179, que reconheceu a individualidade de Portugal”, esclareceu Ribeiro e Castro.
Nesse sentido, a SHIP está a trabalhar num programa de comemorações que “irá pelo menos até 2043”, iniciando-se em 2025, em Zamora, com o assinalar da investidura de Afonso Henriques como cavaleiro.
“Haverá um primeiro ciclo de 2025 até 2031, ano em que desloca a capital de Portugal para Coimbra, e haverá outro ciclo de 2038 até 2043 ou 2044 e que cobre o tratado de Zamora e a batalha de Ourique”, realçou.
De acordo com Ribeiro e Castro, a Sociedade Histórica pretende marcar reuniões com várias entidades a partir de maio, “com base num programa que já está a ser preparado”. “Tencionamos fazer uma chamada a todas as instituições que se interessem por estes temas”, acrescentou.
