O finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris) venceu este domingo pela segunda vez consecutiva o Rali de Portugal, quinta prova do campeonato do mundo, cuja 56.ª edição terminou com a especial de Fafe.
Atual campeão mundial em título, Rovanperä somou a primeira vitória da temporada ao concluir esta quinta prova com o tempo de 3:35.11,7 horas, deixando o segundo classificado, o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20) a 54,7 segundos, com o finlandês Esapekka Lappi (Hyundai i20) em terceiro, a 1.20,3 minutos.
Com este resultado, Rovanperä salta para a liderança do campeonato, com 98 pontos, mais 17 do que o estónio Ott Tänak (Ford Puma), que hoje foi quarto.
Rovanperä concluiu as 19 especiais da 56.ª edição da prova portuguesa com o tempo de 3:35.11,7 horas, deixando o segundo classificado, o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20) na segunda posição, a 54,7 segundos, com o finlandês Esapekka Lappi (Hyundai i20) em terceiro, a 1.20,3 minutos.
O terceiro e último dia desta quinta prova do Campeonato do Mundo foi mais uma formalidade, pois o mais jovem campeão mundial de sempre chegou às quatro derradeiras especiais com quase um minuto de vantagem sobre Sordo.
Para além da vitória, Rovanperä venceu o troço final, em Fafe, que serviu de ‘power stage’ (e com novo recorde de tempo, em 6.26,5 minutos), somando a pontuação máxima na prova (30 pontos), resultado que lhe permite ascender à liderança do campeonato pela primeira vez este ano, com 98 pontos, mais 17 do que o segundo, o estónio Ott Tänak (Ford Puma), que foi apenas quarto.
O principal motivo de interesse entre os carros de WRC era saber quem secundava o finlandês pois a Hyundai tinha três carros nas três posições seguintes, esperando-se ordens de equipa que permitissem ao belga Thierry Neuville (Hyundai i20) saltar de quarto para segundo.
No entanto, o piloto belga sofreu um problema no turbo do seu carro logo no primeiro troço da manhã, em Paredes (uma estreia na prova do Automóvel Club de Portugal), ficando sem potência no motor e sem possibilidades de subir ao pódio.
Neuville arrastou-se pelas quatro especiais de hoje de forma a assegurar, pelo menos, a quinta posição na prova e somar pontos para o campeonato.
“Acabou. Foi um problema semelhante ao de ontem [sábado], temos de descobrir o que é”, lamentava Neuville.
Com os pilotos em ritmo de passeio ao longo dos três primeiros troços do dia (Paredes, Fafe 1 e Cabeceiras de Basto), esperava-se mais ação na ‘power stage’ (em Fafe 2).
Aí, Rovanperä confirmou o domínio que exerceu ao longo do fim de semana, somando o 10.º triunfo em 19 especiais disputadas (dois deles hoje), garantindo a primeira vitória da temporada, nona da carreira na 15.ª vez em que subiu ao pódio, com apenas 22 anos (faz 23 em outubro).
“Demorou muito [voltar a vencer], mas finalmente estamos de volta. Obrigado à equipa que teve sempre a dar o máximo. Passei um mau bocado desde o ano passado, mas felizmente estou a regressar forte”, comentou.
A vitória foi dedicada à mãe, pois na Finlândia, hoje celebra-se o dia da mãe.
A vitória na ‘power stage’ foi garantida por apenas 0,7 segundos sobre Tänak, que passou a manhã sem sistema híbrido no seu Ford Puma e, com isso, perdia os mais de cem cavalos de potência extra.
Com estes resultados, e aproveitando o despiste do britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) na sexta-feira e a ausência de Sébastien Ogier (Toyota Yaris), anteriores líder, Rovanperä sobe ao comando do campeonato, com 98 pontos, mais 17 do que Tänak. Ogier e Evans são, agora, terceiros, com 69 pontos, com Neuville logo atrás, com 68.
A Toyota lidera o campeonato de construtores, com 201 pontos, contra os 169 da Hyundai e os 134 da Ford. Esta foi a 80.ª vitória da Toyota no campeonato, oitava em Portugal.
Se as coisas estavam praticamente decididas entre os WRC, na categoria secundária, a dos WRC2, o suspense durou até ao fim.
Tudo porque o sueco Oliver Solberg (Skoda Fábia), que sábado terminou o dia com mais de meio minuto de vantagem sobre o britânico Gus Greensmith (Skoda Fábia), viu os comissários atribuírem-lhe uma penalização de um minuto por ter feito piões no final da superespecial de Lousada, contrariando os novos regulamentos, em vigor há pouco mais de um ano.
Desta forma, o filho do antigo campeão mundial Petter Solberg (2003) caiu para segundo mas, durante a manhã, recuperou o quase meio minuto de atraso com que ficou para Greensmith, a braços com problemas de direção.
A vitória ficou decidida apenas no final da ‘power stage’ e sorriu ao britânico por apenas 1,2 segundos, com o norueguês Andreas Mikkelsen (Skoda Fábia) em terceiro, a 43 segundos de Solberg.
A próxima ronda será o Rali da Sardenha, em Itália, de 01 a 04 de junho.
Armindo Araúdo, o melhor português no Rali de Portugal
O piloto Armindo Araújo (Skoda Fábia) terminou a 56.ª edição do Rali de Portugal, quinta prova do campeonato do mundo, como melhor português, na 17.ª posição da geral.
Araújo concluiu a ronda portuguesa com o tempo de 3:55.44,8 horas, a 20.33,1 minutos do vencedor, o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris).
Nuno Pinto (Citroën C3), que fez uma participação esporádica, a terceira na prova do Automóvel Club de Portugal, foi o segundo luso, na 23.ª posição, seguido de Francisco Teixeira (Skoda Fábia) e Ricardo Teodósio (Hyundai i20).
Araújo venceu, também, a ronda do Campeonato de Portugal de Ralis, cujas contas ficaram fechadas no final do dia de sexta-feira.
Esta foi a quinta vez consecutiva que o piloto natural de Santo Tirso terminou como melhor português de uma prova que já venceu por três vezes à geral.
“Vinte anos passaram desde que consegui a primeira vitória, das três absolutas no Rali de Portugal e é com muita satisfação que termino a minha 18.ª participação nesta prova com mais duas conquistas. A vitória entre os concorrentes do CPR e ser a melhor dupla portuguesa [com o navegador Luís Ramalho] é um resultado excelente para quem, há dois meses, nem sabia se podia alinhar. Já tínhamos demonstrado em Amarante que regressamos fortes e aqui conseguimos provar isso mesmo. Estamos verdadeiramente contentes”, disse no final Armindo Araújo.