Depois da surpreendente derrota na jornada inaugural contra a Nova Zelândia, a Noruega entrava no jogo contra a Suíça com a certeza de que não podia voltar a escorregar. Por outro lado, e depois de terem vencido as Filipinas na primeira partida, as suíças sabiam que o triunfo perante as norueguesas era um verdadeiro xeque-mate rumo aos oitavos de final.

Em Hamilton, na Nova Zelândia, as surpresas começaram a surgir com a apresentação dos onzes iniciais. Hege Riise, a selecionadora da Noruega, optou por deixar no banco Julie Blakstad e Caroline Graham Hansen, jogadoras do Manchester City e do Barcelona e dois dos melhores elementos da equipa que tinham sido titulares na primeira jornada. Mas as surpresas não ficaram por aí.

Já depois de ter entrado em campo com as companheiras de equipa e de ter ouvido o hino nacional, Ada Hegerberg decidiu não participar no encontro e foi substituída por Sophie Román Haug no onze inicial. Instantes depois, através das redes sociais, a Noruega revelou que a avançada do Lyon tinha sentido uma dor na virilha no último sprint do período de aquecimento, optando por não disputar um jogo que podia ser decisivo.

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Depois de uma primeira parte muito morna, com poucas aproximações às balizas, Hege Riise acabou por dar o braço a torcer e lançou Graham Hansen ainda numa fase inicial do segundo tempo. A jogadora do Barcelona mudou o jogo, tombando o relvado para o lado do meio-campo defensivo da Suíça, e criou e protagonizou várias oportunidades que poderiam ter mexido com o marcador. A guarda-redes Gaëlle Thalmann foi decisiva, com inúmeras intervenções que mantiveram o nulo, e o encontro terminou mesmo empatado a zeros.

A pérola

Mesmo sem ter conseguido fazer a diferença no marcador, Caroline Graham Hansen. A avançada do Barcelona realizou a 100.ª internacionalização pela Noruega e mostrou que tem capacidade para dar a volta a qualquer jogo, sendo incompreensível o facto de ter sido suplente num encontro de importância capital. Aos 28 anos e com duas Ligas dos Campeões no palmarés, está claramente um patamar acima da larga maioria das colegas de equipa.

O joker

Com 37 anos, a guarda-redes Gaëlle Thalmann é titular indiscutível da Suíça e demonstrou porquê. Principalmente na segunda parte, quando a Noruega encostou o adversário às cordas, a experiente guardiã segurou o empate com várias defesas importantes e tornou-se o elemento mais importante das helvéticas na reta final do encontro.

A sentença

Com duas jornadas já disputadas, o Grupo A mantém-se em aberto: a Suíça lidera com quatro pontos, Nova Zelândia e Filipinas têm três e a Noruega tem apenas um, ou seja, todas as equipas podem ainda apurar-se para os oitavos de final mas ainda nenhuma tem essa qualificação garantida. No último encontro, as neozelandesas defrontam as norueguesas e as suíças cruzam com as filipinas.

A mentira

A Noruega não é uma carta fora do baralho. Ao contrário do que aparentou na jornada inaugural contra a Nova Zelândia — ou até na primeira parte desta terça-feira, contra a Suíça –, a seleção nórdica conseguiu mostrar no segundo tempo que ainda tem a qualidade de outros tempos e uma capacidade técnica e tática bem acima da média. O problema, por agora, está na ausência total de eficácia.