O grupo espanhol Santander teve lucros de 5.241 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 7% do que no mesmo período de 2022, anunciou esta quarta-feira o banco.

O Santander atribuiu estes resultados “ao forte crescimento das receitas, especialmente na Europa”, segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira.

As receitas do grupo aumentarem 13% no primeiro semestre do ano, para 28.234 milhões de euros, e cresceram em todas as regiões onde o banco opera.

Num período de aumento das taxas de juro, o volume global de empréstimos concedidos pelo Santander “manteve-se estável” neste período, com o banco a destacar o crescimento de 6% dos créditos ao consumo.

No entanto, na Europa, o crédito concedido pelo banco caiu 5%, “devido à menor procura e às amortizações”, com o Santander a destacar a queda de 6% em Espanha e de 4% no Reino Unido.

Globalmente, os lucros do Santander na Europa chegaram aos 2.536 milhões de euros no primeiro semestre, mais 40% do que nos mesmos meses de 2022, “graças ao forte crescimento dos lucros em Espanha, Reino Unido, Portugal e Polónia”.

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A Europa contribuiu em 43% para os resultados globais do grupo.

Na América do Norte (Estados Unidos e México), o Santander teve lucros de 1.346 milhões de euros no primeiro semestre, menos 19% do que mesmo período de 2022.

No México, o banco teve um “comportamento sólido” e os lucros cresceram 23%, para 760 milhões de euros, enquanto nos Estados Unidos está em curso “a normalização, depois da pandemia, das dotações para o financiamento de automóveis”.

A América do Norte contribuiu em 23% para os resultados globais do Santander.

A América do Sul contribuiu com 25% para os resultados do grupo e os lucros nesta região desceram 23%, para 1.458 milhões de euros, “principalmente devido aos menores ganhos no Brasil e no Chile, enquanto na Argentina, Uruguai, Peru e Colômbia melhorou o resultado”.

No Brasil, os lucros do Santander foram 823 milhões de euros, menos 40% do que no primeiro semestre de 2022, o que o banco atribuiu aos “custos associados à inflação”, a uma queda da margem das taxas de juro e a “uma mudança de perfil de risco dos empréstimos do banco para ativos de maior qualidade”.

As perspetivas macroeconómicas no Brasil são favoráveis, já que a inflação está a desacelerar e se espera que as taxas de juro caiam a curto prazo este ano”, lê-se no comunicado do Santander.

A América do Sul contribuiu com 28% para os resultados do grupo Santander, mas os lucros nesta região desceram 14%, para 790 milhões de euros, “principalmente devido às maiores provisões e ao aumento dos custos por causa da inflação”.

O grupo espanhol Santander teve no ano passado lucros de 9.605 milhões de euros, um valor recorde que representou um aumento de 18% em relação a 2021.