O Grupo A do Campeonato do Mundo feminino ficava concluído este domingo, pouco mais de uma semana depois de a competição ter começado, e era provavelmente o grupo mais baralhado de todos. Suíça, Noruega, Nova Zelândia e Filipinas podiam todos carimbar o apuramento, da mesma forma que podiam todos ficar de fora dos oitavos de final, e nada estava garantido no início dos dois jogos.
A Noruega cumpriu em Auckland, marcando os primeiros golos no Mundial para golear as Filipinas e garantir o segundo lugar do grupo e o consequente apuramento para os oitavos de final. Em Dunedin, Suíça e Nova Zelândia não foram além de um empate sem golos — deixando as suíças no primeiro lugar do Grupo A e as anfitriãs afastadas da próxima fase, já que terminaram com os mesmos quatro pontos que as norueguesas mas uma diferença de golos inferior.
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— FIFA Women's World Cup (@FIFAWWC) July 30, 2023
Apesar da maturidade demonstrada na fase de grupos do Mundial, a verdade é que esta é apenas a segunda participação da Suíça na competição. As helvéticas só marcaram presença na edição de 2015, onde também conseguiram chegar aos oitavos de final, e têm na linha técnica a principal inspiração: a selecionadora Inka Grings, que assumiu o comando da equipa no ano passado e que enquanto internacional alemã somou mais de 90 internacionalizações e conquistou dois Europeus.
Depois de uma carreira de sucesso enquanto jogadora, onde juntou os feitos com a seleção a passagens por Duisburg, Zurique, Chicago Red Stars e Colónia, Inka Grings deu nas vistas como treinadora na Suíça e acabou por ser a eleita para substituir Nils Nielsen. Levou a seleção ao Campeonato do Mundo e já repetiu o resultado de 2015, podendo agora tornar-se na selecionadora com a melhor prestação de sempre pelo país. Do seu lado, segundo as jogadoras, tem o condão da exigência absoluta nos treinos.
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A pérola
Como quase sempre nos jogos da Suíça, Lia Wälti. A jogadora de 30 anos é uma das mais experientes da equipa de Inka Grings, somando mais de 100 internacionalizações e cinco temporadas ao mais alto nível ao serviço do Arsenal, e foi o equilíbrio da Suíça num jogo com poucas oportunidades e que foi quase sempre disputado na zona do meio-campo.
O joker
Hannah Wilkinson marcou no jogo inaugural do Campeonato do Mundo, foi das mais inconformadas na derrota contra as Filipinas e não conseguiu evitar a eliminação da Nova Zelândia. A jogadora que passou pelo Sporting deixa o Mundial como uma das figuras da competição, não só pelo golo como pela própria história — o facto de ser artista, tendo pintado murais que decoram os estádios que estão a receber a prova.
A sentença
A Nova Zelândia está eliminada do Campeonato do Mundo, despedindo-se da competição no terceiro lugar do Grupo A e com os mesmos quatro pontos que a Noruega, falhando o apuramento devido à diferença de golos. A Suíça segue em frente na liderança do grupo, com as Filipinas a terminarem a participação de estreia com apenas um ponto conquistado.
A mentira
A Suíça não pode ser descartada como candidata a chegar longe neste Mundial. A seleção helvética venceu um grupo onde a Noruega era a grande favorita e, apesar de ter beneficiando de uma entrada em falso das nórdicas, a verdade é que conseguiu demonstrar sempre que tem qualidade e capacidade para alcançar o melhor resultado de sempre em Campeonatos do Mundo.