O Grupo A do Campeonato do Mundo feminino ficava concluído este domingo, pouco mais de uma semana depois de a competição ter começado, e era provavelmente o grupo mais baralhado de todos. Suíça, Noruega, Nova Zelândia e Filipinas podiam todos carimbar o apuramento, da mesma forma que podiam todos ficar de fora dos oitavos de final, e nada estava garantido no início dos dois jogos.

A Noruega cumpriu em Auckland, marcando os primeiros golos no Mundial para golear as Filipinas e garantir o segundo lugar do grupo e o consequente apuramento para os oitavos de final. Em Dunedin, Suíça e Nova Zelândia não foram além de um empate sem golos — deixando as suíças no primeiro lugar do Grupo A e as anfitriãs afastadas da próxima fase, já que terminaram com os mesmos quatro pontos que as norueguesas mas uma diferença de golos inferior.

Apesar da maturidade demonstrada na fase de grupos do Mundial, a verdade é que esta é apenas a segunda participação da Suíça na competição. As helvéticas só marcaram presença na edição de 2015, onde também conseguiram chegar aos oitavos de final, e têm na linha técnica a principal inspiração: a selecionadora Inka Grings, que assumiu o comando da equipa no ano passado e que enquanto internacional alemã somou mais de 90 internacionalizações e conquistou dois Europeus.

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Depois de uma carreira de sucesso enquanto jogadora, onde juntou os feitos com a seleção a passagens por Duisburg, Zurique, Chicago Red Stars e Colónia, Inka Grings deu nas vistas como treinadora na Suíça e acabou por ser a eleita para substituir Nils Nielsen. Levou a seleção ao Campeonato do Mundo e já repetiu o resultado de 2015, podendo agora tornar-se na selecionadora com a melhor prestação de sempre pelo país. Do seu lado, segundo as jogadoras, tem o condão da exigência absoluta nos treinos.

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A pérola

Como quase sempre nos jogos da Suíça, Lia Wälti. A jogadora de 30 anos é uma das mais experientes da equipa de Inka Grings, somando mais de 100 internacionalizações e cinco temporadas ao mais alto nível ao serviço do Arsenal, e foi o equilíbrio da Suíça num jogo com poucas oportunidades e que foi quase sempre disputado na zona do meio-campo.

O joker

Hannah Wilkinson marcou no jogo inaugural do Campeonato do Mundo, foi das mais inconformadas na derrota contra as Filipinas e não conseguiu evitar a eliminação da Nova Zelândia. A jogadora que passou pelo Sporting deixa o Mundial como uma das figuras da competição, não só pelo golo como pela própria história — o facto de ser artista, tendo pintado murais que decoram os estádios que estão a receber a prova.

A sentença

A Nova Zelândia está eliminada do Campeonato do Mundo, despedindo-se da competição no terceiro lugar do Grupo A e com os mesmos quatro pontos que a Noruega, falhando o apuramento devido à diferença de golos. A Suíça segue em frente na liderança do grupo, com as Filipinas a terminarem a participação de estreia com apenas um ponto conquistado.

A mentira

A Suíça não pode ser descartada como candidata a chegar longe neste Mundial. A seleção helvética venceu um grupo onde a Noruega era a grande favorita e, apesar de ter beneficiando de uma entrada em falso das nórdicas, a verdade é que conseguiu demonstrar sempre que tem qualidade e capacidade para alcançar o melhor resultado de sempre em Campeonatos do Mundo.