Uma equipa de cinco estudantes, incluindo três portugueses, está entre os vencedores da edição deste ano da Academia Europeia de Inovação com um projeto que recorre à inteligência artificial para reduzir tempo no diagnóstico em imagiologia.
O projeto “BreastScreening-AI” foi um dos 10 vencedores da Academia Europeia de Inovação (EIA, na sigla em inglês) e foi desenvolvido por uma equipa constituída por um estudante norte-americano, um estudante britânico e três estudantes portugueses, do Instituto Superior Técnico e universidades de Coimbra e da Maia.
Para dar resposta a elevadas taxas de erros médicos e à demora no diagnóstico por imagem médica, os estudantes desenvolveram “agentes baseados em inteligência artificial centrados no clínico e no paciente para ajudar radiologistas no diagnóstico, enquanto informam os pacientes sobre os resultados do tratamento seguinte de forma mais rápida e fornecem decisões compreensíveis”, refere a EIA em comunicado.
Entre os 10 vencedores, há outros projetos desenvolvidos por equipas que integram jovens portugueses. Num deles, os estudantes desenvolveram uma solução para reduzir os resíduos de plástico e emissões de dióxido de carbono, através da criação de um combustível ecológico com plásticos não reciclados.
Noutro projeto, igualmente relacionado com o ambiente, os estudantes procuraram adaptar as embalagens circulares reutilizáveis à futura legislação da União Europeia e às regras de sustentabilidade e reciclagem, reformulando as embalagens de almofadas de ar para facilitar a reutilização e desenvolvendo uma forma democrática de gerir os resíduos.
O EIA, que terminou no final da semana passada, decorreu durante três semanas no Porto e envolveu 500 alunos, distribuídos em 100 equipas e com o apoio de mentores europeus e norte-americanos.
Os estudantes foram desafiados a desenvolver projetos no âmbito da inovação sustentável, dando resposta a desafios tecnológicos e de negócios e a questões ambientais e sociais.