A transição energética e a entrada de novas marcas no mercado, bem como a alteração de estratégia por parte dos construtores tradicionais, sem esquecer a mudança na própria relação entre os fabricantes de automóveis e os respectivos concessionários, levam a que o mercado automóvel esteja em permanente evolução. E nem sempre é fácil acompanhar o ritmo da mudança.

Isso leva a que, na hora de comprar um carro novo, muitos consumidores se possam sentir um pouco perdidos, na tentativa de compatibilizar as suas necessidades com um determinado orçamento. Mas agora o Observador pode dar uma ajuda e agilizar o processo, contribuindo para uma decisão de compra mais informada e consentânea com as expectativas. Em apenas cinco etapas, verá que ficará muito mais próximo do carro novo que preenche os seus requisitos. Deixe-se conduzir, passo a passo e fique a conhecer todos os detalhes sobre os veículos mais adaptados às suas necessidades, entre os representantes das 45 marcas, 324 modelos e 3201 versões à venda em Portugal e presentes na nossa base de dados.

Escolha o tipo de carroçaria

Os SUV, modelos mais altos e volumosos, até podem ser o tipo de carroçaria que está mais na moda, mas a oferta existente no mercado nacional compreende outro tipo de silhuetas e cada uma delas fará sentido, consoante as necessidades específicas de cada potencial comprador ou o seu gosto pessoal. E é sobretudo esta última variável que deve ser valorizada, pois adquirir um automóvel novo representa sempre um esforço financeiro e, como tal, o melhor é que o investimento comece por agradar, logo à partida.

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Daí que, para afinar a pesquisa e reduzir o número de resultados que lhe serão apresentados no final, seja altamente recomendável que escolha logo nesta primeira etapa uma das oito opções propostas – sedan, SUV, coupé, citadino, monovolume, carrinha, utilitário ou descapotável. Na dúvida, pode prosseguir a sua pesquisa, clicando em “sem preferência” e está pronto para continuar viagem, avançando para o próximo item.

Grande, pequeno ou intermédio?

O segundo passo que o vai deixar mais próximo da lista de modelos que potencialmente lhe interessam tem a ver com o tamanho, pois dele depende o número de ocupantes do veículo, bem como a capacidade de transportar bagagem.

Neste ponto, apresentam-se somente quatro opções (pequeno, compacto, médio e grande) e todas elas são visualmente explícitas no que as diferencia. A primeira alternativa é a que limita de imediato a listagem final a modelos que podem transportar apenas duas pessoas. Já entre o formato compacto e médio, a destrinça far-se-á pela volumetria da mala, já que aqui o leque de potenciais modelos fica logo circunscrito à possibilidade de sentar cinco pessoas a bordo. Quem tiver uma família numerosa, muitos amigos a quem dar boleia com regularidade ou um negócio que dependa da capacidade de transportar passageiros, deve clicar no ícone “grande” para prosseguir.

Quanto quero (ou posso) gastar?

Ao terceiro clique, terá chegado a meio da sua “consulta” e é chegada a altura de especificar um critério que é determinante em qualquer compra: quanto está disposto a gastar? Uma linha baliza o limite orçamental entre os 15.000 e os 150.000€ (ou mais), bastando ao utilizador colocar o cursor em cima de cada bola, para definir um valor mínimo e um valor máximo. É possível, inclusivamente, estabelecer apenas um tecto máximo, contudo isso levará a que, no final desta busca, tenha mais resultados por avaliar. Tenha em conta que esta ferramenta será tão mais eficaz numa selecção final, quanto mais filtros for preenchendo para reduzir o leque de hipóteses.

Vou à “bomba” ou procuro um posto de carregamento?

Esta é uma questão determinante, porque dela dependerão a comodidade e os custos de utilização futuros. É também a pergunta que mais dúvidas poderá suscitar entre os que pretendem adquirir uma nova viatura, pois o gasóleo foi, até há bem pouco tempo, “rei e senhor” das tendências, por oferecer custos de utilização inferiores aos de um veículo a gasolina, sobretudo para aqueles que percorrem muitos quilómetros anualmente. Acontece que a electrificação veio desequilibrar os pratos da balança, introduzindo mais duas alternativas a ponderar: compro um modelo exclusivamente a bateria ou um híbrido?

A resposta só depende de si e, mais uma vez, está à distância de um clique. Talvez ajude relembrar que, a partir de 2035, vão deixar de se comercializar na Europa modelos equipados com motores de combustão. Com a agravante que, muito antes disso, alternativas movidas a combustíveis fósseis vão desaparecer da oferta de uma série de construtores, o que significa que será quase inevitável assistir à queda a pique no valor dos usados deste tipo.

Por outro lado, importa realçar que os veículos 100% eléctricos ainda não cobrem todos os segmentos do mercado e, naqueles onde estão presentes, nem sempre espelham uma desejada convergência de preços face aos seus rivais a combustão. Convém ainda ter presente, por outro lado, que os modelos a bateria são particularmente vantajosos para as empresas, por questões fiscais, oferecendo ainda a possibilidade de baixar os custos de utilização, sobretudo para aqueles que podem efectuar carregamentos em casa, fora do período de pico. A ter ainda em conta, se ainda escolheu o tipo de energia, que a maioria dos fabricantes oferece oito anos de garantia ou 160.000 quilómetros para o acumulador, período ou quilometragem finda a qual o proprietário do veículo potencialmente terá de lidar com esta despesa ou ver a autonomia entre cargas “encolher” gradualmente.

Quanto aos híbridos, outro dos ícones elegível para afinar a procura pelo seu carro perfeito, é uma categoria que integra desde viaturas mild hybrid (MHEV), os híbridos convencionais não recarregáveis (HEV), tradicionalmente equipados com uma bateria maior e a capacidade de percorrer poucos (entre 2 a 5) quilómetros em modo exclusivamente eléctrico, e os híbridos plug-in (PHEV), já capazes de fazer mais de 50 quilómetros em modo exclusivamente eléctrico. De uma forma geral, os MHEV oferecem uma redução do consumo despicienda; os HEV permitem libertar o utilizador da ansiedade da autonomia com maior economia e os PHEV, se devidamente utilizados (ou seja, recarregados com frequência), têm potencial para baixar de forma mais expressiva os custos por quilómetro. Porém, também os híbridos têm já sentença de morte anunciada…

O que é não pode mesmo faltar no seu próximo carro?

Nesta fase, a lista de carros que lhe podem interessar está quase, quase pronta. Falta apenas que indique aquilo que mais valoriza, seleccionando até três opções, entre capacidade de reboque, conforto, segurança, aceleração, espaço e impacto ambiental. A primeira alternativa interessará a todos os que necessitam de deslocar um atrelado, ao passo que o conforto e a segurança estão umbilicalmente associados a determinados níveis de equipamento. Já a aceleração privilegia o desempenho, enquanto o impacto ambiental advém dos consumos anunciados.

Diga de sua justiça e prepare-se para ver os “resultados” desta curta viagem que o pode conduzir até ao seu próximo carro. Para agilizar a leitura, o nosso motor de busca permite ordenar por preços ou com mais filtros, nomeadamente uma determinada marca, modelo ou versão. E, depois, pode ainda comparar modelos e avançar com o pedido de uma proposta, cuja responsabilidade é, obviamente, da marca escolhida por si.