Ainda não é o papel de maior destaque, mas não deixa de ser um passo em frente. Após a saída por mútuo acordo de Urs Fischer do comando técnico do Union Berlim, o emblema alemão que disputa a Liga dos Campeões reformulou a equipa técnica. O clube anunciou que Marco Grote, proveniente dos sub-19, vai assumir de forma interina o cargo que o suíço deixou livre. No entanto, quem faz notícia é Marie-Louise Eta que, até novidades em contrário, vai ser a treinadora-adjunta da equipa da capital alemã.

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Marie-Louise Eta terminou a carreira como jogadora ao 26 anos na sequência de problemas com lesões. Começou a carreira sénior no Turbine Potsdam, onde, em 2010, venceu a Liga dos Campeões. Seguiram-se experiências no Hamburgo, no Cloppenburg e no Werder Bremen. “Sempre disse que jogaria até não poder andar, mas o momento era o certo mesmo que tenha sido uma decisão extremamente difícil. Não consigo imaginar fazer nada sem futebol. Com isso passei cada vez mais tempo a trabalhar como treinadora [em Dresden, de onde é natural] e cresceu a decisão de que queria dar o próximo passo”, disse à Kicker.

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Em abril de 2023, Marie-Louise Eta terminou o curso que lhe permite treinar na Bundesliga e na Bundesliga 2 depois de ser uma das 16 pessoas selecionadas (a única mulher) entre cerca de 100 candidatos a obter a licença. Antes de rumar aos sub-19 masculinos do Union Berlim, a treinadora comandou as seleções jovens femininas da Alemanha.

O Union de Berlim encontra-se no último lugar da Bundesliga com seis pontos. O clube está há 14 jogos sem vencer, motivo pelo qual Urs Fischer abandonou o cargo. Marie-Louise Eta vai então estar sentada no banco de suplentes no jogo contra o Augsburg, a contar para a Bundesliga, e na viagem a Braga, num encontro da Liga dos Campeões que pode definir o futuro do clube nas provas europeias.

“Sempre me saí bem a pensar passo a passo. Há dois ou três anos nunca teria pensado que estaria nesta posição agora, nunca teria pensado que trabalharia permanentemente na Federação Alemã de Futebol. É por isso que posso imaginar muitas coisas: assumir o comando de uma seleção jovem dentro de algum tempo, trabalhar como treinadora-adjunta nas ligas profissionais masculinas, treinar numa equipa feminina da Bundesliga, bem como sub-17 ou sub- 19 masculinos. Não importa onde trabalhe, tenho é que me sentir confortável, quero acordar todos os dias com alegria e ter a sensação de que estamos a trilhar um caminho comum em equipa e em constante desenvolvimento”, afirmou na mesma entrevista à Kicker antes de ser anunciado que faria parte da equipa técnica do Union Berlim.