Susana Quintas, viúva do psicanalista Carlos Amaral Dias, foi absolvida esta segunda-feira dos sete crimes de ofensas à integridade física de que tinha sido acusada pelo Ministério Público e pela enteada Joana Amaral Dias. Para a juíza Margarida Alves, avança a revista Sábado, não ficou provado durante o julgamento que Susana Quintas administrou medicação em excesso ao marido.
Na leitura do acórdão, que aconteceu esta segunda-feira, a juíza Margarida Alves considerou que a viúva de Carlos Amaral Dias foi capaz de justificar grande parte dos pontos que constavam na acusação, recusando assim a condenação pedida pelo Ministério Público, de pena de prisão suspensa.
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Para o Ministério Público, o pai de Joana Amaral Dias terá sido intoxicado pela sua mulher entre novembro de 2017 e janeiro de 2018 com benzodiazepinas em sete episódios. Aliás, estes episódios referidos na acusação correspondem ao número de vezes que Carlos Amaral Dias foi internado. Só no último internamento é que foi detetado um excesso medicamentoso. Agora, em tribunal, foi considerado que era habitual o psicanalista se automedicar e que Susana Quintas não era a única que preparava a medicação de Carlos Amaral Dias.
Neste processo, Joana Amaral Dias utilizou como argumento o comportamento de Susana Quintas, mas o tribunal considerou que a análise não tinha credibilidade.
Carlos Amaral Dias morreu em 2019 e em 2012 tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que lhe deixou sequelas e do qual demorou cerca de cinco anos a recuperar.