Foi um dia agitado no Sejm, a câmara baixa do parlamento polaco. Ao início da tarde, os deputados diziam não a um governo de Mateusz Morawieck e, quase duas horas depois, escolhiam Donald Tusk para ser o próximo primeiro-ministro da Polónia. Com 248 votos a favor e 201 contra, Tusk garante o regresso a um cargo que já desempenhou entre 2007 e 2014.

As eleições legislativas de outubro passado, na Polónia, deram vitória ao partido de Mateusz Morawieck. Apesar de os ultranacionalistas não terem conseguido maioria parlamentar, e de todos os partidos terem negado o apoio ao PiS, o Presidente polaco Andrzej Duda encarregou o candidato do Lei e Justiça de formar Governo.

Esta segunda-feira, Morawieck apresentou o seu programa de Governo, mas a moção de confiança foi chumbado pelos parlamentares com 190 votos a favor e 266 contra.

Depois de chumbar o governo minoritário, cabia ao Sejm apresentar uma alternativa. Foi Borys Budka, deputado do Plataforma Cívica e colega de partido de Tusk, quem apresentou a candidatura. Além do apoio do seu partido, Tusk tinha já garantido os votos de outras três formações — Polónia 2050, Partido Popular Polaco e a Esquerda.

A vitória era garantida e o Sejm, com uma vantagem de 47 votos, deu luz verde a Donald Tusk para formar governo. Num curto discurso de agradecimento — o mais longo ficará para depois, disse Tusk — o futuro primeiro-ministro agradeceu a todos as mulheres e homens polacos: “É um ótimo dia. A todos aqueles que acreditaram profundamente, ao longo dos anos, que as coisas iriam melhorar, eu digo: aconteceu. Vocês conseguiram”, disse Tusk, que se referia aos oito anos em que a Polónia foi governada pelos ultranacionalistas.

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