O Santander Portugal fechou o primeiro trimestre com lucros de 294,4 milhões de euros, um aumento de 58% em comparação com os primeiros três meses de 2023 – um ano em que os bancos acabariam por ter lucros recorde.

Seguindo a tendência do ano passado, o banco continua a beneficiar de um aumento expressivo da margem financeira – em termos simples a diferença entre os juros que o banco cobra nos créditos e as taxas a que se financia (através de depósitos e outras fontes de financiamento). Este indicador saltou 65% para 440,6 milhões de euros no primeiro trimestre.

“Mantivemos uma qualidade sólida da nossa carteira de crédito e uma adequada geração de capital, o que nos permite continuar a investir na melhoria da qualidade de serviço e na experiência do cliente”, afirma em comunicado o banco, que não marcou conferência de imprensa para apresentar estes números.

A rentabilidade dos capitais próprios, indicador que os bancos usam normalmente para enquadrar os volumes de lucros, saltou 7,5 pontos percentuais, para 27,2% – os bancos passaram vários anos a assinalar que a rentabilidade dos capitais próprios era muito baixa, de apenas um dígito, mas essa realidade mudou nos anos mais recentes graças à subida das taxas Euribor.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O banco acrescenta que teve “um aumento nos volumes de crédito e de recursos comparativamente ao final de 2023”. Os números dão conta de um aumento de 9,6% do crédito (bruto), de 42.571 milhões no primeiro trimestre de 2023 para 46.645 milhões de euros no final de março de 2024.

Este aumento de 58$ dos resultados foi obtido com 4.580 colaboradores, menos 97 do que no final de março de 2023.

Banca duplica lucros com menos 5.600 trabalhadores do que tinha em 2019