Mais uma vitória, mais dois recordes, mais um dia de festa. O Sporting venceu o Estoril na Amoreira menos de uma semana depois de se sagrar campeão nacional e alcançou dois novos registos históricos: chegou aos 28 triunfos na Liga, a melhor marca do clube que supera os 27 de 2015/16 com Jorge Jesus, e somou 87 pontos, a melhor marca do clube que supera os 86 da mesma temporada.

Paulinho, o mestre de cerimónias de uma festa que não acaba (a crónica do Estoril-Sporting)

A equipa de Rúben Amorim foi recebida por uma autêntica onda verde na Amoreira, com muitos adeptos nas janelas e nas varandas que circundam o estádio e cânticos constantes durante o jogo. O Sporting atuou com o novo badge de campeão nacional na manga esquerda da camisola e voltou a fazer golos, assumindo agora o impressionante registo de 51 jogos a marcar em 52 na atual temporada, ficando em branco apenas na meia-final da Taça da Liga contra o Sp. Braga. E com “espectadores” especiais: nas janelas do estádio, com montagens que faziam com que “vestissem” camisolas do Estoril, surgiam representados Cristiano Ronaldo, Georgina Rodríguez, Cristiano Ronaldo Jr. e Dolores Aveiro.

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O treinador leonino estreou Diogo Pinto, que surgiu na baliza para render os lesionados Adán e Franco Israel, e ainda Miguel Menino, que cumpriu os primeiros minutos na equipa principal depois de ter cumprido toda a formação em Alcochete e também se sagrou campeão nacional. No fim do jogo, Paulinho foi eleito o melhor jogador em campo, por ter marcado o golo decisivo, mas ofereceu o troféu a Diogo Pinto.

Depois do jogo, na zona de entrevistas rápidas, Rúben Amorim sublinhou que os recordes de pontos e vitórias eram “objetivos”. “Acabámos por consegui-lo. Mas acima de tudo pela forma como jogamos. Demos apenas uma oportunidade ao Estoril e controlámos o jogo. Às vezes, com alguma dificuldade em criar oportunidades, mas fomos claramente superiores. Voltámos a não sofrer golos e vou muito satisfeito para casa”, começou por dizer o treinador leonino.

“Já sabíamos da dificuldade o jogo. O vento dificultou, para as duas equipas, mas quanto a mim tivemos sempre o controlo do jogo. Tivemos algumas bolas boas para finalizar, mas não o fizemos muito bem. Um jogo muito completo, mesmo depois das festas todas acho que cumprimos e vencemos o jogo. A equipa treinou bem, mas é óbvio que isto não sai facilmente. A festa que foi e a importância do título… Mas respondemos de uma maneira muito boa. Fomos competentes no jogo e agora temos um em nossa casa, onde vamos festejar com os nossos adeptos. Queremos ganhar, aumentar o número de pontos, festejar ao máximo e arrumar de vez o Campeonato. Esta semana vamos cumprir o que temos de cumprir, marcar golos, não sofrer, festejar e depois virar a página”, acrescentou Amorim, que pode chegar aos 90 pontos na última jornada e ficar com a segunda melhor marca de sempre no Campeonato, apenas atrás do FC Porto de 2021/22.

Mais à frente, o treinador leonino sublinhou a importância de conquistar a dobradinha no Jamor 22 anos depois da última vez. “Tem o mesmo significado para qualquer Sporting, depois da época que fizemos temos de dar o máximo para vencer a Taça. Se não ganharmos vamos sentir que faltou alguma coisa. Ainda temos o jogo do Campeonato, conta para os pontos e para aumentar o número de vitórias. Conta para termos ritmo e encararmos a final da melhor forma”, atirou, antes de comentar as estreias de Diogo Pinto e Miguel Menino.

“O Diogo esteve muito tranquilo, bem com os pés e com boa potência a bater a bola na frente. Toda a equipa ajudou e isso ajuda o guarda-redes a passar o tempo e a estar tranquilo. O Menino cresceu na Academia e por vezes há uns que têm de ir para outros lados e depois poderão voltar ou não, mas a forma como sempre nos ajudou no treino fazia com que merecesse ser campeão nacional. Deixar uma palavra a toda a gente na Academia, muito do sucesso vem do trabalho dos treinadores e da Academia”, terminou.