O primeiro dia da greve parcial dos trabalhadores da EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) está a ter uma “adesão massiva”, disse esta terça-feira à agência Lusa fonte sindical, manifestando disponibilidade para dialogar com a administração.
A ação de protesto foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) e decorre entre esta terça e quinta-feira, com paralisações de duas horas por turno.
Em declarações à agência Lusa, Orlando Gonçalves do CESP referiu que os trabalhadores aderiram de forma “massiva” nos períodos de turno da manhã (05h00 às 07h00 e 10h00 às 12h00), perspetivando-se o mesmo cenário nos restantes turnos.
“A adesão por parte dos trabalhadores é muito positiva. Uma grande participação por parte dos trabalhadores, em diversas áreas. Tivemos agora um grande piquete no período da manhã, com a participação de uma centena de trabalhadores”, apontou.
O sindicalista indicou que a paralisação dos trabalhadores da EMEL afetou o funcionamento de vários equipamentos da empresa, nomeadamente o parque de rebocados dos Olivais e Entrecampos, assim como o funicular da Graça e as lojas das Laranjeiras e do Campo Grande.
“Estes números que nos estão aqui a aparecer são demonstrativos que os trabalhadores estão, de facto, muito unidos relativamente àquilo que foi decidido nos plenários”, apontou.
Orlando Gonçalves ressalvou ainda que os trabalhadores estão disponíveis para se reunirem imediatamente com o conselho de administração da EMEL, negando que haja “grande abertura” por parte da empresa.
“A apregoada disponibilidade para o diálogo traduziu-se numa reunião que ocorreu no dia 2 de abril e não foi apresentada nenhuma contraproposta. Portanto, essa ideia de que querem negociar é falácia. De lá para cá nunca mais ocorreu nenhum tipo de reunião”, observou.
A Lusa contactou fonte da administração da EMEL, mas ainda não obteve resposta.
Numa nota enviada à Lusa na segunda-feira, a EMEL assegurou que mantém os compromissos assumidos no Acordo de Empresa e o empenho no diálogo com os trabalhadores.
“O conselho de administração mantém o empenho no diálogo social com as estruturas representativas dos trabalhadores, contribuindo para um equilíbrio sustentável e harmonioso da empresa, reforçando os direitos laborais dos seus colaboradores, mantendo os compromissos assumidos no acordo empresa em vigor”, refere a nota da EMEL.
A EMEL conta com cerca de 700 trabalhadores.