A Universidade de Aveiro vai atribuir o doutoramento Honoris Causa ao músico Sérgio Godinho, numa cerimónia que está marcada para 7 de junho, informou nesta terça-feira a academia.

Em comunicado, a UA destaca que Sérgio Godinho foi “o músico português que mais influenciou diferentes gerações de outros criadores de canções nos últimos 50 anos da vida musical em Portugal”, adiantando que “a palavra é, talvez, a força maior” da sua obra, seja na sua versão escrita, dita ou cantada.

A sua versatilidade fica demonstrada nas múltiplas parcerias que estabelece com cantores nacionais e estrangeiros, colaborando e co-autorando trabalhos com músicos maiores do Brasil e dos países africanos de língua oficial portuguesa, com os quais partilhou tantos palcos e tantas coincidências, devolvendo à História modos diferentes de cantar a língua, numa convivência consentida”, pode ler-se no despacho assinado pelo reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira.

Sérgio Godinho nasceu no Porto a 31 de agosto de 1945 e, este ano, está a celebrar 53 anos de carreira artística, quase tantos como os da UA, que este ano comemora 50 anos de vida.

Desde o seu primeiro disco, circulou entre o “cantautor de guitarra às costas” até ao solista da Orquestra Sinfónica, passando pelo rock, o fado e até o choro ou a música popular brasileira.

Ao longo de 53 anos de carreira, publicou 20 álbuns de estúdio, oito álbuns ao vivo, sete álbuns em colaboração com outros músicos, oito coletâneas, oito registos coletivos onde partilha o disco com outros cantautores, 13 participações por convite em álbuns de outros autores e 11 bandas sonoras de filmes e séries, num total de 75 publicações fonográficas.

Sérgio Godinho é ainda autor de 15 livros, argumentista (sete), realizador (três) e conta com 37 participações como ator, num espectro estilístico que se estende do teatro musical ao cinema.

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