O presidente da Câmara Municipal de Sintra e a secretária de Estado da Gestão da Saúde realçaram este sábado a importância da construção do novo hospital de Sintra para um melhor acesso à saúde dos habitantes daquele populoso concelho.

Basílio Horta e Cristina Vaz Tomé falavam no final da cerimónia de transferência para a Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra o direito de superfície do novo hospital de Sintra, assinalando assim o início da entrega do edifício ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O novo hospital, que deverá entrar em funcionamento em outubro, está situado no Casal da Cavaleira, freguesia de Algueirão-Mem Martins, com área coberta de 10.500 metros quadrados e descoberta de 49.000 m2, representando um investimento de cerca de 60 milhões de euros por parte do município sintrense, dos quais 52 milhões foram já pagos, conforme adiantou Basílio Horta no evento.

Em declarações aos jornalistas, Cristina Vaz Tomé salientou a “parceria virtuosa entre o Governo e a autarquia” de Sintra e apontou agora a necessidade de “criar condições para captar profissionais” de saúde para esta unidade que, disse, “está muito bem equipada” e que se estima que possa servir mais de meios milhão de pessoas do concelho.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Cristina Vaz Tomé assinalou a importância desta unidade para enfrentar as filas de espera, reiterando o propósito do Governo de “dar resposta aos cidadãos” em matéria de acesso e cuidados de saúde.

Basílio Horta referiu que o projeto do novo hospital é um “sonho” que se concretiza, lembrando que o acesso dos cidadãos do concelho aos cuidados de saúde foi sempre uma “prioridade” da autarquia, tendo além deste hospital sido já criados seis centros de saúde, estando o projeto de outros três em curso.

O novo hospital começou a ser construído em 2021 e resultou de um protocolo assinado em 2017, tendo hoje sido formalizada a entrega do direito de superfície por 50 anos, prorrogável por mais 25, e a ULS compromete-se a assegurar os encargos para “instalação e funcionamento do hospital de Sintra”, nomeadamente quanto “aos equipamentos e meios técnicos”.

Estima-se, de acordo com o que foi hoje transmitido na cerimónia, que o hospital começará a funcionar na primeira semana de outubro, com “as urgências, consultas” e “dois blocos operatórios”.

O hospital terá ainda unidade de cirurgia de ambulatório com bloco de cirurgia e recobro, serviço de urgência básica para cerca 60 mil urgências — cerca de metade das realizadas no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) –, unidade de convalescença, farmácia, unidade de esterilização e ainda um espaço para ensino e formação.

As especialidades repartem-se por anestesiologia, cardiologia, cirurgias geral, pediátrica, plástica, reconstrutiva e estética, gastrenterologia, medicina interna e física e reabilitação, neurologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, patologia clínica, pediatria, pneumologia, psiquiatria, psiquiatria da infância e adolescência, radiologia e urologia.

Além de local para a futura construção de heliporto, o equipamento ficará preparado para ampliar as suas respostas e acessos no futuro, nomeadamente para o aumento da capacidade da unidade de cuidados continuados, atualmente com 70 camas.

A cerimónia contou com a presença de várias personalidades, incluindo as antigas ministras da Saúde Marta Temido e Maria de Belém.